Ao registrar que nesta quarta-feira, 28 de maio, são celebrados o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) pediu providências ao governo para diminuir o número de mulheres que ainda morrem durante a gravidez, no parto ou nos primeiros dias após dar a luz.
A senadora reconheceu que nos últimos anos o Brasil avançou nessa área, já que, de 1990 para cá, o índice de mortalidade materna caiu de 123 para 63 mortes a cada grupo de 100 mil partos. No entanto, disse Lídice da Mata, o índice ainda está longe da meta do milênio, que é reduzir esse número de mortes para 35 e, mais longe ainda, do considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 20 mortes a cada 100 mil partos.
Lídice da Mata ressaltou que esses óbitos atingem majoritariamente as mulheres de baixa renda, em sua maioria, negras, que dependem dos hospitais públicos. E o pior, disse ela, é que grande parte das mortes maternas poderia ser evitada. “São mortes mundialmente reconhecidas como evitáveis em mais de 90% dos casos e que dependem do atendimento médico, do acesso à informação e do planejamento reprodutivo, medidas capazes de reduzir os índices de mortes relacionadas à gravidez, ao parto, pós-partos e abortos inseguros. É necessário, portanto, investir na melhoria da rede de atendimento e na universalização dos serviços, ampliando o acesso especialmente nas áreas rurais e outros rincões do nosso imenso País”, defendeu a senadora.