A atuação da senadora Lídice da Mata(PSB/BA) em favor das mais autênticas manifestações culturais baianas ao longo dos 30 anos de atuação politica, ganhou o reconhecimento público na forma de duas homenagens a ela prestadas nesta semana.
Na terça-feira, 17, em Salvador, a primeira senadora da Bahia ganhou um troféu durante o lançamento do Projeto Corredor da História, que este ano comemorou os 70 anos da invenção do Pau Elétrico, instrumento criado por Dodô e Osmar que originou a guitarra baiana e possibilitou a invenção do trio elétrico.
Nesta quarta-feira, 18, Lídice foi homenageada com a inauguração de um Centro Cultural que leva seu nome município de Salinas da Margarida. O tributo foi iniciativa do ex-vereador Benedito Souza, o Bidi, e tem por objetivo resgatar e preservar as manifestações culturais típicas daquela região do Recôncavo.
“O centro cultural tem uma importância enorme para uma cidade do porte de Salinas da Margarida e se deve unicamente à generosidade do Seu Bidi, primeiro em dar uma destinação pública a uma edificação de sua propriedade, depois por entender que a minha atuação vinculada à questão cultural seja digna desta homenagem”, declarou Lídice.
Atual secretária do Conselho Executivo da Frente Parlamentar em Defesa da Cultura, Lidice é autora de um projeto de lei que proíbe o corte dos recursos orçamentários destinados à cultura. Na Comissão de Educação e Cultura organizou audiência pública em reverência à memória do artista plástico Carybé, e, em nome da preservação da história e da identidade cultural do povo baiano, realizou sessões solenes no plenário do Senado para comemorar o 2 de Julho, data da independência da Bahia, e em tributo pela passagem dos 30 anos da morte do cineasta baiano Glauber Rocha.
Lídice ficou especialmente tocada com o trofeu oferecido pelos irmãos Aroldo, André e Armandinho Macedo creditada, segundo ela, “ao respeito que sempre teve à imensurável contribuição destes jovens senhores como continuadores da obra de Osmar para a renovação permanente da música baiana no Carnaval”.
Aroldo Macedo, que pelo 10º ano seguido organiza a exposição sobre a história da evolução do carnaval baiano – em cartaz até o dia 5 de fevereiro, no Palácio Rio Branco, lembrou que Lídice sempre defendeu a presença dos músicos de sua geração nos desfiles dos circuitos da folia soteropolitana enquanto estratégia de manutenção da tradição da festa. “Deus sabe as dificuldades que encontramos para colocar um trio elétrico sem cordas no Carnaval da Bahia e Lídice sempre foi parceira desta luta desde os tempos que era prefeita. Por isso que meu pai a chamava de ‘minha rainha’ onde quer que a visse”.