As empresas aéreas já estão vendendo passagens para 1.973 voos extras durante o período da Copa do Mundo de 2014. Autorizadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as novas rotas vão funcionar de 11 de junho, véspera do jogo de abertura, em São Paulo, a 14 de julho, um dia depois da final da Copa, no Rio de Janeiro. A senadora Lídice da Mata (PSB-BA), integrante de subcomissão do Senado que acompanha os preparativos do Mundial, vê a medida como positiva, mas lamenta que a ampliação da malha aérea não seja permanente. “Acho que ela é necessária não apenas para a Copa. Ela já seria necessária, por exemplo, agora na alta estação no Brasil. Mas, num momento em que chegam muitos visitantes ao País, acho bom”, disse.
O trajeto entre Brasília e Guarulhos, em São Paulo, é o que vai ter o maior número de voos extras: 288, com oferta de 45 mil e 500 assentos. Mas há dúvidas sobre se os aeroportos brasileiros estão preparados para atender à demanda adicional. “Ela precisa estar relacionada com a infraestrutura para receber esse voos. E o que nós estamos vendo é que os aeroportos, com exceção de alguns poucos, se encontram com as obras todas atrasadas, a exemplo do aeroporto de Salvador, na Bahia. O ministro veio aqui para dizer que, frente ao atraso geral das obras, não vai existir a segunda etapa das obras na Bahia”, observou Lídice, referindo-se à visita do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco, ao aeroporto de Salvador na segunda-feira (20/01).
Moreira Franco disse que o início da segunda etapa das obras poderia causar transtornos aos turistas que vão à capital baiana no Carnaval. A empreitada só deve ocorrer depois da Copa do Mundo.
Ouça pela Rádio Senado: Lídice comemora aumento de voos na Copa, mas teme estrutura de aeroportos
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