<\/a>A riqueza da obra liter\u00e1ria de Jorge Amado (1912\u20132001), a proximidade de seus personagens com a alma do brasileiro, as ideias libert\u00e1rias e o olhar cr\u00edtico \u00e0 realidade pol\u00edtica e social foram destacados nas homenagens a ele prestadas ontem (6\/8), em sess\u00e3o solene do Congresso realizada para celebrar o centen\u00e1rio de seu nascimento. Ele nasceu em 10 de agosto, em Itabuna (BA). “Jorge Amado \u00e9 a mais forte presen\u00e7a de escritor na vida brasileira, n\u00e3o s\u00f3 por sua obra liter\u00e1ria inigual\u00e1vel, mas por sua capacidade de agir para construir o bem”,\u00a0afirmou o presidente do Senado, Jos\u00e9 Sarney, que presidiu a sess\u00e3o.<\/p>\nParticiparam senadores, deputados, representantes do governo federal e o governador da Bahia, Jaques Wagner. Pela fam\u00edlia do escritor, participaram o filho Jo\u00e3o Jorge Amado e o neto Bruno Amado. A senadora L\u00eddice da Mata (PSB-BA) disse que a Bahia perdeu \u201cseu maior escritor, aquele que mais a conhecia e amava\u201d. Ela afirmou que o escritor refletiu em sua obra tudo o que sua sensibilidade lhe permitiu captar. Na inf\u00e2ncia, a dura vida dos trabalhadores nas fazendas de cacau, a arrog\u00e2ncia dos coron\u00e9is, a viol\u00eancia dos jagun\u00e7os e a guerra pelo poder. Jovem adulto, em Salvador, encontrou uma realidade que p\u00f4s em seus romances pais de santo, crian\u00e7as de rua, prostitutas. “A Bahia que Jorge ajudou a construir no imagin\u00e1rio nacional e internacional foi essa gente marginalizada, a quem ele deu vez e voz em sua obra”,\u00a0afirmou L\u00eddice.<\/p>\n
Na vis\u00e3o do senador Walter Pinheiro (PT-BA), Jorge Amado usou a literatura para promover uma reflex\u00e3o sobre os temas sociais e raciais. Na homenagem, foi constante a refer\u00eancia \u00e0 atua\u00e7\u00e3o pol\u00edtica do escritor, eleito deputado federal em 1945, pelo Partido Comunista. Ele prop\u00f4s a lei \u2014 ainda vigente \u2014 que assegura a liberdade de culto religioso.<\/p>\n
A sess\u00e3o foi marcada tamb\u00e9m por manifesta\u00e7\u00f5es sobre a cria\u00e7\u00e3o da Casa do Rio Vermelho, um memorial para guardar os objetos de Jorge Amado e Z\u00e9lia Gattai (1916\u20132008), na resid\u00eancia em que o casal viveu, em Salvador. A ideia \u00e9 tombar o im\u00f3vel e transform\u00e1-lo em centro de visita\u00e7\u00e3o.<\/p>\n
Pelo Senado, a iniciativa da homenagem foi de Sarney e L\u00eddice. Assinaram o pedido Pinheiro e Jo\u00e3o Durval (PDT-BA). Outro requerimento, pelo Congresso, foi proposto pelo senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e pelo deputado Roberto Freire (PPS-SP).<\/p>\n
Jornal do Senado<\/em><\/a><\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"A riqueza da obra liter\u00e1ria de Jorge Amado (1912\u20132001), a proximidade de seus personagens com a alma do brasileiro, as ideias libert\u00e1rias e o olhar cr\u00edtico \u00e0 realidade pol\u00edtica e…<\/p>\n","protected":false},"author":13,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"yoast_head":"\n
Congresso lembra olhar cr\u00edtico de Jorge Amado - L\u00eddice<\/title>\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\n\t\n\t\n\t\n