<\/a>A Comiss\u00e3o Parlamentar Mista de Inqu\u00e9rito (CPMI) que investiga a viol\u00eancia contra a mulher estar\u00e1 nesta quinta-feira (12\/7) e sexta-feira (13\/7), na Bahia. O Estado ocupa a oitava posi\u00e7\u00e3o no Pa\u00eds em homic\u00eddios de mulheres.\u00a0Em Salvador, a CPMI realizar\u00e1 dilig\u00eancias em \u00f3rg\u00e3os de atendimento \u00e0 mulher em situa\u00e7\u00e3o de viol\u00eancia, reuni\u00e3o com os movimentos sociais e de mulheres e uma audi\u00eancia p\u00fablica para ouvir gestores p\u00fablicos,\u00a0representantes do Judici\u00e1rio, Minist\u00e9rio P\u00fablico, Defensoria P\u00fablica, OAB, movimentos sociais e\u00a0sociedade civil organizada.<\/p>\n

As dilig\u00eancias t\u00eam in\u00edcio na tarde desta quinta-feira (12\/7). O encontro com os movimentos sociais e de mulheres acontece no mesmo dia, \u00e0s 17h, no audit\u00f3rio do Centro Estadual de Refer\u00eancia em Sa\u00fade do Trabalhador (Cesat), na rua Pedro Lessa, 123.\u00a0A audi\u00eancia p\u00fablica est\u00e1 marcada para, \u00e0s 14h, da sexta-feira (13\/7), na C\u00e2mara Municipal, no Espa\u00e7o Cultural.\u00a0Antes da audi\u00eancia de sexta-feira (13\/7), \u00e0s 13h, as integrantes da CPMI concedem entrevista coletiva, tamb\u00e9m na C\u00e2mara Municipal.<\/p>\n

Em funcionamento no Congresso Nacional desde fevereiro, a comiss\u00e3o tem como objetivo investigar a situa\u00e7\u00e3o da viol\u00eancia contra a mulher no Brasil e apurar den\u00fancias de omiss\u00e3o do poder p\u00fablico. Presidida pela deputada federal J\u00f4 Moraes (PCdoB-MG), a CPMI tem em sua relatoria a senadora Ana Rita (PT-ES) e na vice-presid\u00eancia a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP). Elas estar\u00e3o em Salvador.\u00a0A ida da CPMI ao Estado tem apoio da senadora L\u00eddice da Mata (PSB), que tamb\u00e9m integra a comiss\u00e3o; do senador Walter Pinheiro (PT); e da deputada federal Alice Portugal (PCdoB).<\/p>\n

Viol\u00eancia em n\u00fameros – <\/strong>A Bahia ocupa a oitava posi\u00e7\u00e3o em homic\u00eddios de mulheres (taxa de 5,6 homic\u00eddios para grupo de 100 mil mulheres). A m\u00e9dia nacional \u00e9 4,4 assassinatos. O Estado mais violento para as mulheres \u00e9 o Esp\u00edrito Santo, com taxa de 9,4, seguido por Alagoas (8,3).\u00a0Os dados s\u00e3o do Mapa da Viol\u00eancia de 2012, elaborado pelo Instituto Sangari e pelo Minist\u00e9rio da Justi\u00e7a. O relat\u00f3rio completo pode ser acessado no site www.mapadaviolencia.org.br<\/a><\/em>.<\/p>\n

O levantamento aponta que Salvador \u00e9 a 16\u00aa capital em homic\u00eddios de mulheres e a cidade de Porto Seguro a terceira entre as cidades brasileiras acima de 26 mil habitantes (taxa de 22,1 homic\u00eddios), acima da m\u00e9dia nacional.\u00a0\u00a0Entre as 47 cidades mais violentas do Pa\u00eds acima de 26 mil habitantes em homic\u00eddios de mulheres, 11 est\u00e3o no Estado da Bahia \u2013 Porto Seguro, Teixeira de Freitas, Lauro de Freitas, Eun\u00e1polis, Sim\u00f5es Filho, Santo Amaro, Ilh\u00e9us, Valen\u00e7a, Itabuna, Itamaraju e Jacobina.\u00a0\u201cJ\u00e1 h\u00e1 bastante tempo o \u201clar, doce lar\u201d deixou de ser um ambiente seguro: 68,8% dos homic\u00eddios ocorrem dentro de casa e s\u00e3o praticados pelos c\u00f4njuges\u201d, diz a relatora da CPMI.<\/p>\n

Dados da Organiza\u00e7\u00e3o das Na\u00e7\u00f5es Unidas (ONU) apontam que a viol\u00eancia dom\u00e9stica \u00e9 a principal causa de les\u00f5es em mulheres de 15 a 44 anos no mundo. Segundo a relatora da CPMI, o Brasil \u00e9 o 7\u00ba pa\u00eds que mais mata mulheres no mundo. Nos \u00faltimos 30 anos foram assassinadas 91 mil mulheres, 43 mil s\u00f3 na \u00faltima d\u00e9cada\u201d, afirma.<\/p>\n

Audi\u00eancia em Salvador –\u00a0<\/strong>Em Salvador, a CPMI realizar\u00e1 dilig\u00eancias em \u00f3rg\u00e3os de atendimento \u00e0 mulher, reuni\u00e3o com os movimentos sociais, feministas e de mulheres e uma audi\u00eancia p\u00fablica para ouvir gestores p\u00fablicos,\u00a0representantes do Judici\u00e1rio, Minist\u00e9rio P\u00fablico, Defensoria P\u00fablica, OAB, movimentos sociais e\u00a0sociedade civil organizada. Em seu plano de trabalho, a comiss\u00e3o prev\u00ea visitas aos dez Estados mais violentos do Brasil para as mulheres, al\u00e9m dos quatro mais populosos do pa\u00eds. O requerimento para ida ao Estado \u00e9 de autoria da senadora L\u00eddice da Mata e da deputada Alice Portugal.\u00a0A CPMI j\u00e1 visitou oito estados – Pernambuco, Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Esp\u00edrito Santo, Alagoas, Paran\u00e1 e S\u00e3o Paulo.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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