{"id":6935,"date":"2018-05-24T12:04:16","date_gmt":"2018-05-24T15:04:16","guid":{"rendered":"http:\/\/lidice.com.br\/?p=6935"},"modified":"2018-05-24T12:04:37","modified_gmt":"2018-05-24T15:04:37","slug":"lidice-da-mata-defende-valorizacao-do-forro-e-festejos-de-sao-joao-como-patrimonio-cultural","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/lidice.com.br\/noticias\/lidice-da-mata-defende-valorizacao-do-forro-e-festejos-de-sao-joao-como-patrimonio-cultural\/","title":{"rendered":"L\u00eddice da Mata defende valoriza\u00e7\u00e3o do forr\u00f3 e festejos de S\u00e3o Jo\u00e3o como patrim\u00f4nio cultural"},"content":{"rendered":"
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Fotos: Rafael Nunes (Lideran\u00e7a do PSB no Senado)<\/em><\/p><\/div>\n

A Comiss\u00e3o de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), por iniciativa da senadora F\u00e1tima Bezzerra (PT-RN) apoiada pela senadora L\u00eddice da Mata (PSB-BA), promoveu na quarta-feira (24\/5) audi\u00eancia p\u00fablica para debater a import\u00e2ncia do forr\u00f3 na cultura nacional. Como principal resultado dos debates foi concenso a necessidade de se salvaguardar as matrizes do forr\u00f3 para oferecer condi\u00e7\u00f5es de materializar o potencial da cultura, da diversidade e da identidade do povo nordestino.<\/p>\n

Para a senadora F\u00e1tima Bezerra, o forr\u00f3 \u00e9 uma das express\u00f5es mais genu\u00ednas da cultura nacional, pois retrata as alegrias e amarguras do povo nordestino. Al\u00e9m disso, ela ressaltou que a cadeia produtiva do forr\u00f3 gera riquezas n\u00e3o s\u00f3 no per\u00edodo de festas juninas.\u00a0Em 2011, a Associa\u00e7\u00e3o Cultural Balaio Nordeste encaminhou ao Instituto do Patrim\u00f4nio Hist\u00f3rico e Art\u00edstico Nacional (Iphan) o pedido de registro das Matrizes do Forr\u00f3 como Patrim\u00f4nio Cultural do Brasil. Desde ent\u00e3o, a associa\u00e7\u00e3o vem realizando f\u00f3runs estaduais com objetivo de mobilizar os forrozeiros e promover espa\u00e7os para o debate das quest\u00f5es pertinentes ao pedido.<\/p>\n

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A senadora L\u00eddice da Mata tamb\u00e9m refor\u00e7ou a import\u00e2ncia do forr\u00f3 no contexto dos festejos de S\u00e3o Jo\u00e3o. Ela lembrou que a economia dos estados do Nordeste aquece na \u00e9poca dos festejos juninos e chega a gerar mais lucro do que per\u00edodos como Natal e Carnaval. \u00c9 da senadora baiana a iniciativa, tamb\u00e9m junto ao Iphan, de transformar o S\u00e3o Jo\u00e3o em Patrim\u00f4nio Cultural do Brasil.<\/p>\n

Durante a audi\u00eancia, a\u00a0presidente da Associa\u00e7\u00e3o Cultural Balaio Nordeste, Joana Alves, disse que o forr\u00f3 est\u00e1 perdendo for\u00e7a nas festas de S\u00e3o Jo\u00e3o, pois grande parte dos munic\u00edpios nordestinos tem contratado para o evento artistas famosos que tocam outros ritmos. “A proposta de festa junina \u00e9 trazer grandes artistas, porque dizem que eles atraem p\u00fablico. Mas quem disse que n\u00e3o temos forrozeiros capazes de trazer p\u00fablico? Quando se contrata um grande artista, paga-se R$ 400 mil para ele participar com sua banda. Para o forrozeiro, paga-se apenas R$ 300, sendo que seu instrumento de trabalho, que \u00e9 a sanfona, custa em m\u00e9dia R$ 22 mil. N\u00e3o podemos dizer que n\u00e3o temos pessoas capacitadas, o que falta \u00e9 investimento nas pol\u00edticas p\u00fablicas \u2014 relatou.<\/p>\n

J\u00e1 segundo Rozania Macedo, presidente da Comiss\u00e3o Estadual do Forr\u00f3 na Bahia, 417 munic\u00edpios baianos se beneficiam economicamente com as festividades de S\u00e3o Jo\u00e3o. “Eu vivo a dificuldade de colocar os forrozeiros na \u00e9poca junina. \u00c9 preciso registrar o forr\u00f3 como patrim\u00f4nio imaterial. Onde se planta e semeia uma cultura, se colhe o forr\u00f3”, comentou.<\/p>\n

Assista aqui<\/a> a interven\u00e7\u00e3o da senadora L\u00eddice da Mata durante a audi\u00eancia.<\/p>\n