A l\u00edder da Minoria, deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ), foi taxativa \u201cN\u00e3o temos tempo a perder. A luta virtual \u00e9 importante, mas, sozinha, n\u00e3o funciona. Tem que montar banquinhas nas ruas, olhar no olho. E as mulheres s\u00e3o sensacionais nisso\u201d. O grito \u201cse votar, n\u00e3o volta\u201d foi entoado por diversas vezes durante o encontro, dando o recado sobre a dificuldade que ter\u00e3o de se reeleger os parlamentares que votarem favoravelmente \u00e0 Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que trata da reforma da Previd\u00eancia. Nesse sentido, a deputada Luiza Erundina (PSOL-SP) convocou as trabalhadoras e trabalhadores a estarem presentes no Congresso, lembrando que foi dessa forma que grandes avan\u00e7os – gora amea\u00e7ados -, como a Constitui\u00e7\u00e3o Federal, foram conquistados.<\/p>\n\n\n\n

Reforma refor\u00e7a desigualdades\u00a0–\u00a0<\/strong>Representando as centrais sindicais, Nayana Cambraia explicou por que o desmonte da Previd\u00eancia Social refor\u00e7a as desigualdades de g\u00eanero e de ra\u00e7a. \u201cAinda n\u00e3o alcan\u00e7amos a igualdade e essa PEC nos leva ainda mais para tr\u00e1s. N\u00f3s somos 52% dos desempregados e o n\u00famero de mulheres na informalidade \u00e9 42% maior [em rela\u00e7\u00e3o ao de homens]. Nossas condi\u00e7\u00f5es de trabalho s\u00e3o diferentes e n\u00e3o respeitar isso fere a Constitui\u00e7\u00e3o. Diante dessas circunst\u00e2ncias, muitas mulheres n\u00e3o conseguem contribuir por 15 anos. Como v\u00e3o fazer por 20? Essa aposentadoria n\u00e3o vai existir\u201d, pontuou a militante.<\/p>\n\n\n\n

A deputada Benedita da Silva (PT-RJ), que j\u00e1 trabalhou como empregada dom\u00e9stica e camel\u00f4, foi enf\u00e1tica: \u201cA reforma \u00e9 o trabalho escravo. J\u00e1 conhecemos as senzalas desse Pa\u00eds e querem que a gente volte para l\u00e1. A gente quer viver!\u201d, clamou. <\/p>\n\n\n\n

Outras lideran\u00e7as de destaque do campo progressista marcaram presen\u00e7a. A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) bradou sobre o peso da dupla ou at\u00e9 tripla jornada das mulheres. J\u00e1 a deputada Erika Kokay (PT-DF) falou em \u201carrancar a faixa presidencial que est\u00e1 no peito do fascismo\u201d e Maria do Ros\u00e1rio (PT-RS) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) tamb\u00e9m se fizeram presentes, bem como parlamentares da \u201cnova gera\u00e7\u00e3o\u201d, como Tal\u00edria Petrone (PSOL-RJ), S\u00e2mia Bomfim (PSOL-SP) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS).<\/p>\n\n\n\n

O ato reuniu representantes de 25 entidades sindicais, senadora e deputadas do PSB, PT, PDT, PCdoB, Rede, PSOL, PROS e tamb\u00e9m do MDB, PP, PSDB e DEM. Entre os homens, os deputados Marcelo Freixo (PSOL-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS), Alessandro Molon (PSB-RJ), T\u00falio Gad\u00ealha (PDT-PE), Jos\u00e9 Guimar\u00e3es (PT-CE), Ivan Valente (PSOL-SP) e Andr\u00e9 Figueiredo (PDT-CE) apoiaram o ato.<\/p>\n\n\n\n