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Foi realizado nesta ter\u00e7a-feira (25\/6), no audit\u00f3rio Nereu Ramos da C\u00e2mara dos Deputados, o 16\u00ba\u00a0 Semin\u00e1rio LGBT do Congresso Nacional, evento promovido por seis comiss\u00f5es da C\u00e2mara em homenagem aos 50 anos da revolta conhecida como Levante de Stonewall e que marca a luta do movimento. Na abertura, os participantes cobraram prote\u00e7\u00e3o do Estado brasileiro ao jornalista norte-americano Glenn Greenwald, fundador do site\u00a0The Intercept<\/em>, e de seu companheiro, o deputado federal David Miranda (Psol-RJ). Miranda disse que ele e sua fam\u00edlia receberam amea\u00e7as de morte, ap\u00f3s Greenwald publicar conversas mantidas em aplicativos de mensagens pelo ex-juiz Sergio Moro \u2014 hoje ministro da Justi\u00e7a \u2014 com procuradores da Lava Jato entre os anos de 2015 e 2018.<\/p>\n\n\n\n A deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) foi uma das que cobrou prote\u00e7\u00e3o a Greenwald e Miranda. \u201cTemos que garantir que o Estado brasileiro n\u00e3o seja negligente com David, que tem sofrido amea\u00e7as LGBTf\u00f3bicas como \u00fanico deputado federal assumidamente LGBT, e com o jornalista Glenn\u201d, disse a parlamentar, que foi uma das autoras do pedido para a realiza\u00e7\u00e3o do semin\u00e1rio.<\/p>\n\n\n\n Greenwald compareceu ao semin\u00e1rio e salientou a import\u00e2ncia de autoridades, como parlamentares, assumirem a orienta\u00e7\u00e3o sexual, apesar do preconceito: \u201c\u00c9 nossa responsabilidade usar nossa plataforma p\u00fablica para mostrar \u00e0 juventude que voc\u00ea pode ter uma vida completa e ter orgulho de quem voc\u00ea \u00e9\u201d, disse. Ele lamentou o assassinato da ex-vereadora Marielle Franco, negra, perif\u00e9rica e bissexual assumida, mas destacou que a tristeza e a raiva por conta da morte dela se transformaram em determina\u00e7\u00e3o de mulheres com o mesmo perfil se candidatarem a cargos p\u00fablicos.<\/p>\n\n\n\n Falha do Estado – <\/strong>No semin\u00e1rio, al\u00e9m de Marielle, tamb\u00e9m foi homenageado o ex-deputado Jean Wyllys, que coordenou as oito \u00faltimas edi\u00e7\u00f5es do semin\u00e1rio e atualmente se encontra na Europa, ap\u00f3s ter renunciado ao mandato nesta\u00a0legislatura, por conta das amea\u00e7as de morte e campanha difamat\u00f3ria que vinha sofrendo. Wyllys participou virtualmente do semin\u00e1rio, por meio de mensagem sonora na qual lamentou o fato de o Estado brasileiro n\u00e3o ter garantido prote\u00e7\u00e3o para ele. O ex-deputado lembrou que o Levante de Stonewall, ocorrido nos Estados Unidos h\u00e1 50 anos e tema do semin\u00e1rio, ensina a comunidade gay brasileira a resistir diante de um \u201cEstado fascista\u201d e um presidente da Rep\u00fablica considerado LGBTf\u00f3bico por eles. No levante, em junho de 1969, manifesta\u00e7\u00f5es contra a a\u00e7\u00e3o policial repressiva \u00e0 comunidade LGBT, em Nova York, deram origem \u00e0 luta por direitos iguais em todo o mundo. <\/p>\n\n\n\n Criminaliza\u00e7\u00e3o da homofobia –\u00a0<\/strong>Presidente da Comiss\u00e3o de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da C\u00e2mara, a deputada L\u00eddice da Mata (PSB-BA) celebrou a decis\u00e3o recente do Supremo Tribunal Federal (STF), que equiparou o crime de homotransfobia ao racismo. Ela lembrou, por\u00e9m, que o Brasil ainda \u00e9 o pa\u00eds que mais assassina pessoas LGBT no mundo.<\/p>\n\n\n\n A deputada defendeu a aprova\u00e7\u00e3o do projeto chamado Estatuto das Fam\u00edlias (PLS 470\/2013), apresentado por ela pr\u00f3pria quando senadora. O texto condensa temas relativos ao direito de fam\u00edlia e contempla as fam\u00edlias n\u00e3o tradicionais, como as formadas a partir de uni\u00f5es homoafetivas. A proposta foi arquivada no final da legislatura passada, mas, segundo a parlamentar, pode ser resgatada a pedido de outros senadores.<\/p>\n\n\n\n J\u00e1 Toni Reis, presidente da Alian\u00e7a Nacional LGBTI, pediu que o Congresso Nacional aprove lei criminalizando a homofobia e a transfobia para dar mais seguran\u00e7a jur\u00eddica para essa popula\u00e7\u00e3o. A Comiss\u00e3o de Direitos Humanos e Minorias aprovou projeto nesse sentido (PL 7582\/2014), mas o texto ainda tem que ser analisado por duas comiss\u00f5es antes de ser votado pelo Plen\u00e1rio da C\u00e2mara. Ele acrescentou que a Parada Gay de S\u00e3o Paulo, no \u00faltimo domingo (21\/6), que reuniu cerca de quatro milh\u00f5es de pessoas segundo os organizadores, mostra que uma grande parcela da popula\u00e7\u00e3o quer igualdade de direitos.<\/p>\n\n\n\n Empregabilidade<\/strong> – A presidente da Comiss\u00e3o de Cultura, deputada Benedita da Silva (PT-RJ), por sua vez, salientou que \u00e9 evang\u00e9lica e que, por isso mesmo, defende o respeito a todos os seres humanos. \u201c\u00c9 um absurdo que ainda se fa\u00e7a diferen\u00e7a salarial, de tratamento de sa\u00fade, por conta das escolhas pessoais\u201d, afirmou.<\/p>\n\n\n\n Nath\u00e1lia Vasconcellos, da Rede Brasil Trans, cobrou iniciativas do Poder P\u00fablico para garantir a empregabilidade das pessoas trans. Hoje, ressaltou ela, 90% dessa popula\u00e7\u00e3o emprega-se na prostitui\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n Com informa\u00e7\u00f5es do Portal C\u00e2mara Not\u00edcias<\/a><\/p>\n\n\n\n Leia tamb\u00e9m: Deputada socialista L\u00eddice da Mata defende direitos da popula\u00e7\u00e3o LGBTI+<\/a><\/strong><\/p>\n\n\n\n Assista ao semin\u00e1rio aqui: <\/p>\n\n\n\n