C\u00e2mara poder\u00e1 constituir um grupo de trabalho conjunto das duas comiss\u00f5es para discutir a cria\u00e7\u00e3o do plano<\/p>\n\n\n\n

Presidente da Comiss\u00e3o do Idoso, a deputada L\u00eddice da Mata (PSB-BA) adianta o que a C\u00e2mara poder\u00e1 fazer.<\/p>\n\n\n\n

“N\u00f3s podemos constituir um grupo de trabalho das duas comiss\u00f5es. Quero propor, junto com deputados e deputadas que se dedicassem um pouco a isso, e em contato com especialistas, n\u00f3s elaborarmos uma legisla\u00e7\u00e3o que constitu\u00edsse um plano geral nacional de preven\u00e7\u00e3o \u00e0 dem\u00eancia”, explicou.<\/p>\n\n\n\n

Atualmente, 1,7 milh\u00e3o de pessoas vivem com algum tipo de dem\u00eancia no pa\u00eds e 77% dessas pessoas n\u00e3o foram diagnosticadas. O n\u00famero de novos casos em pessoas com 65 anos ou mais deve aumentar para quase 7 milh\u00f5es at\u00e9 2050.<\/p>\n\n\n\n

Esses dados foram apresentados pelo m\u00e9dico Ricardo Nitrini, da Academia Brasileira de Neurologia, que \u00e9 coordenador do Grupo de Neurologia Cognitiva e do Comportamento da Universidade de S\u00e3o Paulo. Nitrini diz como esse grupo poderia trabalhar.<\/p>\n\n\n\n

“Atuar no sentido de verificar quais s\u00e3o as atividades mais importantes a fazer para prevenir a ocorr\u00eancia de dem\u00eancia, para cuidar dos indiv\u00edduos que t\u00eam dem\u00eancia, para cuidar dos cuidadores dos indiv\u00edduos com dem\u00eancia. Ou seja, \u00e9 um conjunto de a\u00e7\u00f5es que v\u00e3o ter que ser muito bem discutidas.”<\/p>\n\n\n\n

Segundo Ricardo Nitrini, hipertens\u00e3o arterial, diabetes e falta de exerc\u00edcios f\u00edsicos, entre outros, s\u00e3o fatores que podem levar \u00e0 dem\u00eancia. A baixa alfabetiza\u00e7\u00e3o e escolaridade entre os idosos, as altas taxas de pobreza e desigualdade de acesso a servi\u00e7os de sa\u00fade explicaria a maior incid\u00eancia de dem\u00eancia na Am\u00e9rica Latina. Pa\u00edses como Chile, M\u00e9xico, Costa Rica, Cuba e Porto Rico j\u00e1 t\u00eam planos nacionais de dem\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

O presidente da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Alzheimer, o m\u00e9dico Rodrigo Rizek Schultz, detalha outros aspectos do plano nacional, al\u00e9m da preven\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

“Como h\u00e1 tamb\u00e9m o estigma, s\u00e3o importantes a conscientiza\u00e7\u00e3o sobre a doen\u00e7a, o tratamento, a orienta\u00e7\u00e3o dada \u00e0s institui\u00e7\u00f5es de longa perman\u00eancia e para quem cuida dos pacientes em casa\u201d, lembrou. Segundo ele, esses pontos envolvem pesquisa, desenvolvimento de novas drogas e an\u00e1lise dos pacientes e cuidadores. \u201cN\u00f3s devemos definir qual \u00e9 a prioridade do Brasil \u2013 cada pa\u00eds tem a sua \u2013 para elaborarmos o nosso pr\u00f3prio plano”, disse.<\/p>\n\n\n\n

A deputada Fl\u00e1via Morais (PDT-GO), que prop\u00f4s o debate, tem uma Proposta de Emenda \u00e0 Constitui\u00e7\u00e3o (PEC 348\/17) que cria o Plano Nacional do Cuidado, que pode ajudar no plano contra a dem\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

“Hoje, um grande obst\u00e1culo \u00e9 tanto a qualifica\u00e7\u00e3o como a possibilidade de uma pol\u00edtica de cuidados que permita \u00e0 fam\u00edlia ter um cuidador, uma pessoa especializada, capacitada pra tratar o idoso de forma geral, mas principalmente no caso da dem\u00eancia, onde ele \u00e9 mais dependente, onde ele precisa de cuidados de terceiros.”<\/p>\n\n\n\n

As comiss\u00f5es do Idoso e de Seguridade Social da C\u00e2mara v\u00e3o fazer novas audi\u00eancias, envolvendo mais especialistas e organiza\u00e7\u00f5es n\u00e3o governamentais, para ampliar a discuss\u00e3o sobre o Plano Nacional de Dem\u00eancia.<\/p>\n\n\n\n

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Ag\u00eancia C\u00e2mara.<\/em><\/a> Confira a \u00edntegra da audi\u00eancia em v\u00eddeo. <\/p>\n\n\n\n