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Desde a instala\u00e7\u00e3o da Comiss\u00e3o Parlamentar Mista de Inqu\u00e9rito (CPMI) das\u00a0Fake News<\/em>, parlamentares da base do governo tentam obstruir os trabalhos do colegiado e diminuir a sua import\u00e2ncia, at\u00e9 mesmo questionando a forma como est\u00e3o sendo conduzidas as oitivas. Em virtude dessas atitudes, a relatora da CPMI, deputada L\u00eddice da Mata (PSB-BA), recha\u00e7ou qualquer possibilidade do colegiado tomar lados em suas investiga\u00e7\u00f5es. \u201cToda a atua\u00e7\u00e3o da CPMI est\u00e1 prevista nos regimentos internos da C\u00e2mara e do Senado e tamb\u00e9m no C\u00f3digo Penal. Seguimos o objetivo central do grupo de investigar a exist\u00eancia de fake news<\/em>, como s\u00e3o produzidas, distribu\u00eddas e financiadas\u201d, refor\u00e7ou.<\/p>\n\n\n\n A socialista acrescentou que o colegiado n\u00e3o est\u00e1 usando o er\u00e1rio p\u00fablico, o dinheiro do cidad\u00e3o, para investiga\u00e7\u00f5es sem finalidade. \u201cTem muita gente querendo parar o nosso trabalho, muitas pessoas n\u00e3o querem que caracterizemos o crime de fake news<\/em>. No entanto, temos o dever de colocar a CPMI adiante e fazer cumprir os seus objetivos\u201d, afirmou.<\/p>\n\n\n\n Nesta quarta-feira (6), a CPMI das Fake News<\/em> ouviu representantes de ag\u00eancias de checagem. A relatora perguntou aos depoentes acerca das dificuldades em combater a pr\u00e1tica de dissemina\u00e7\u00e3o de falsas not\u00edcias, se sabem quais s\u00e3o as principais t\u00e9cnicas de dissemina\u00e7\u00e3o manipulada de conte\u00fados da internet e se existem formas de artificialmente viralizar conte\u00fados. \u201cOs casos analisados at\u00e9 agora pela CPMI parecem seguir uma receita pr\u00e9-determinada tanto para elabora\u00e7\u00e3o do conte\u00fado, quanto para sua propaga\u00e7\u00e3o. Gostaria de saber se existem de fato t\u00e9cnicas estabelecidas para manipula\u00e7\u00e3o de conte\u00fados de desinforma\u00e7\u00e3o.\u201d<\/p>\n\n\n\n A socialista questionou tamb\u00e9m se h\u00e1 ind\u00edcios que nas elei\u00e7\u00f5es de 2018 houve amplia\u00e7\u00e3o do uso de botne<\/em>t em redes sociais na internet. Botnet<\/em> \u00e9 uma rede de computadores infectados por softwares que podem ser controla-los remotamente obrigando-os a enviar spam e espalhar v\u00edrus sem consentimento dos donos. <\/p>\n\n\n\n O portal Comprova, criado durante o per\u00edodo eleitoral do ano passado, verificou o que transitava pelas redes sociais no per\u00edodo de 12 semanas e que tivesse muita viraliza\u00e7\u00e3o, segundo seu idealizador, S\u00e9rgio Boeck. \u201c\u00c9 importante a verifica\u00e7\u00e3o do que tem muita viraliza\u00e7\u00e3o, para n\u00e3o correr risco de promover ainda mais o boato\u201d, explicou. S\u00e9rgio constatou que as fake news<\/em> come\u00e7am com alguma not\u00edcia ver\u00eddica coberta pelo que chamou de castelo de mentiras. \u201cNo ano passado foram constatadas diversas not\u00edcias falsas, mas este ano o n\u00famero que circula nas redes \u00e9 ainda maior\u201d, lamentou.<\/p>\n\n\n\n Idealizador do portal Boatos.org, Edgard Matsuki afirmou que existe dificuldade de identifica\u00e7\u00e3o do emissor zero, quem cria o boato, e que a quebra do anonimato pode acarretar no cerceamento da privacidade dos usu\u00e1rios. Em rela\u00e7\u00e3o as elei\u00e7\u00f5es de 2018, Matsuki afirmou que o volume de mensagens foi at\u00edpico na \u00e9poca e que chegavam a receber mil mensagens por dia para serem verificadas.<\/p>\n\n\n\n O Boatos.org foi criado em 2013 e segundo seu idealizador, fazem uma m\u00e9trica de fatos di\u00e1rios na hora da an\u00e1lise do conte\u00fado e os mais viralizados s\u00e3o analisados. \u201cMuitas das tarefas poderiam ser feitas por qualquer internauta antes de compartilhar boatos. Esta quest\u00e3o atinge n\u00e3o s\u00f3 a pol\u00edtica, mas diversas \u00e1reas. Tem pessoas deixando de seguir tratamentos de sa\u00fade por contas de not\u00edcias falsas em circula\u00e7\u00e3o na internet\u201d, disse. Matsuki explicou que essas not\u00edcias costumam ter tom alarmista, apelativo com palavras em caixa alta e com acusa\u00e7\u00f5es.<\/p>\n\n\n\n Em rela\u00e7\u00e3o \u00e0s acusa\u00e7\u00f5es feitas pelo investigado ouvido na tarde de ter\u00e7a-feira (5), na CPMI, Allan dos Santos do blog Ter\u00e7a Livre, de que as empresas de checagem s\u00e3o aliadas da grande m\u00eddia, financiadas por empresas internacionais e com vi\u00e9s ideol\u00f3gico, todos os presentes afirmaram serem inver\u00eddicas. Todos mostraram que o trabalho segue metodologia espec\u00edfica e que buscam desmentir not\u00edcias falsas disseminadas de maneira geral, sem ter liga\u00e7\u00e3o alguma a qualquer lado pol\u00edtico. Gilmar Lopes, do portal e-faras.com afirmou que Allan falou inverdades em seu depoimento e inclusive mostrou not\u00edcias que n\u00e3o s\u00e3o verdadeiras.<\/p>\n\n\n\n A necessidade e uma legisla\u00e7\u00e3o que investigue o vazamento de dados foi levantada pela representante da Associa\u00e7\u00e3o das Empresas de Tecnologia da Informa\u00e7\u00e3o, Adriele Brito. \u201cO Brasil precisa estar atento \u00e0s simetrias que regem as rela\u00e7\u00f5es diplom\u00e1ticas na \u00e1rea de prote\u00e7\u00e3o de dados, pensando nos riscos jur\u00eddicos para empresas que utilizam dados. O tema \u00e9 uma preocupa\u00e7\u00e3o mundial\u201d, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n Com informa\u00e7\u00f5es do Portal da Lideran\u00e7a do PSB na C\u00e2mara<\/a><\/p>\n\n\n\n Leia tamb\u00e9m na Ag\u00eancia C\u00e2mara: Especialistas apontam custo financeiro e dificuldades t\u00e9cnicas no combate a fake news<\/a> <\/p>\n\n\n\n Confira a \u00edntegra da audi\u00eancia<\/p>\n\n\n\n