{"id":8245,"date":"2019-12-04T11:32:50","date_gmt":"2019-12-04T14:32:50","guid":{"rendered":"http:\/\/lidice.com.br\/?p=8245"},"modified":"2019-12-06T13:06:11","modified_gmt":"2019-12-06T16:06:11","slug":"cpmi-debate-alternativas-para-combate-a-disseminacao-de-noticias-falsas-no-pais","status":"publish","type":"post","link":"http:\/\/lidice.com.br\/noticias\/cpmi-debate-alternativas-para-combate-a-disseminacao-de-noticias-falsas-no-pais\/","title":{"rendered":"CPMI debate alternativas para combate a dissemina\u00e7\u00e3o de not\u00edcias falsas no Pa\u00eds"},"content":{"rendered":"\n

B<\/em><\/p>\n\n\n\n

A Comiss\u00e3o Parlamentar Mista de Inqu\u00e9rito (CPMI) das\u00a0Fake News<\/em> realizou no dia 3\/12 oitiva com representantes da Associa\u00e7\u00e3o Brasileira de Imprensa (ABI); da Ag\u00eancia Lupa; do Portal Aos Fatos; da se\u00e7\u00e3o Fato ou Fake do G1; e da Federa\u00e7\u00e3o Nacional dos Jornalistas (Fenaj). O intuito da reuni\u00e3o foi debater alternativas para combater a dissemina\u00e7\u00e3o de not\u00edcias falsas que circulam no Pa\u00eds. Para todos os presentes, a criminaliza\u00e7\u00e3o n\u00e3o \u00e9 o caminho para resolver o problema das fake news<\/em> e pode interferir negativamente na liberdade de express\u00e3o. <\/p>\n\n\n\n

A relatora da CPMI, deputada L\u00eddice da Mata (PSB-BA), perguntou aos expositores qual a diferen\u00e7a entre informa\u00e7\u00e3o mal checada e\u00a0fake news<\/em>. A socialista questionou tamb\u00e9m se \u00e9 poss\u00edvel ter uma experi\u00eancia exitosa no combate \u00e0s not\u00edcias falsas e, ao mesmo tempo, garantir a liberdade de express\u00e3o. \u201cQual papel das plataformas nesse processo? Elas ainda n\u00e3o assumem nenhum compromisso com aquilo que veiculam, inclusive mantendo os registros de dados dos usu\u00e1rios fora do Pa\u00eds.\u201d L\u00eddice pediu que os presentes orientassem o colegiado sobre quais as t\u00e9cnicas estabelecidas para superar a dissemina\u00e7\u00e3o de conte\u00fado falsos. \u201cComo podemos nos prevenir?\u201d, questionou.<\/p>\n\n\n\n

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Nat\u00e1lia Leal, representante da Ag\u00eancia Lupa, defendeu que a principal sa\u00edda a longo prazo passa pelo sistema educacional para instruir as futuras gera\u00e7\u00f5es. \u201cN\u00e3o podemos aplicar apenas solu\u00e7\u00f5es tempor\u00e1rias, mas temos que discutir como as pessoas se informam\u201d, disse. Nat\u00e1lia defende a regula\u00e7\u00e3o das plataformas, o que chamou de \u201cvacina\u201d no combate \u00e0s not\u00edcias falsas, at\u00e9 para traz\u00ea-las ao debate e \u00e0 poss\u00edvel responsabiliza\u00e7\u00e3o.<\/p>\n\n\n\n

A Ag\u00eancia Lupa \u00e9 a mais antiga empresa de checagem do Brasil. De acordo com sua representante, a Lupa nasceu fazendo fact-checking<\/em>\u00a0\u2013 checagem dos fatos \u2013 e percebeu um boom<\/em> na curva j\u00e1 ascendente de desinforma\u00e7\u00e3o durante as elei\u00e7\u00f5es de 2018. \u201cLula, Fernando Hadaad, Bolsonaro e S\u00e9rgio Moro foram os nomes exibidos em destaque na maioria das informa\u00e7\u00f5es falsas que circularam na internet no \u00faltimo ano. O Supremo Tribunal Federal tamb\u00e9m \u00e9 foco constante de not\u00edcias falsas nas redes\u201d, informou Nat\u00e1lia.<\/p>\n\n\n\n

Arnaldo Jacob, da ABI, afirmou que as fake news<\/em> desorganizam a forma\u00e7\u00e3o da opini\u00e3o p\u00fablica e desestabilizam o Estado Democr\u00e1tico de Direito. Diante do cen\u00e1rio de dissemina\u00e7\u00e3o da desinforma\u00e7\u00e3o de forma cada vez mais sofisticada e persuasiva, Jacob contou que a ABI desenvolveu um projeto para captar informa\u00e7\u00f5es nocivas, por meio da rob\u00f3tica, com o intuito de injetar nas redes sociais avisos de que determinadas not\u00edcias s\u00e3o suspeitas. \u201cA preocupa\u00e7\u00e3o \u00e9 combater de forma r\u00e1pida o efeito da contamina\u00e7\u00e3o. A grande quest\u00e3o \u00e9 como combater essa dissemina\u00e7\u00e3o no Brasil onde o pr\u00f3prio principal mandat\u00e1rio produz fake news<\/em>\u201d, acrescentou.<\/p>\n\n\n\n

Brasileiros se informam prioritariamente por redes sociais, segundo Tain\u00e3 Nalon, do portal Aos Fatos. De acordo com ela, nas elei\u00e7\u00f5es, 34% dos eleitores se informaram por redes sociais e 34% por whatsapp<\/em>. \u201cTemos o objetivo de pensar em solu\u00e7\u00f5es inovadoras no combate \u00e0 desinforma\u00e7\u00e3o. Esse problema n\u00e3o ir\u00e1 desaparecer. O maior problema \u00e9 o n\u00edvel prec\u00e1rio de acesso \u00e0 informa\u00e7\u00e3o que temos hoje no Pa\u00eds\u201d, disse.<\/p>\n\n\n\n

O papel dos jornalistas nesse combate \u00e0 desinforma\u00e7\u00e3o foi levantado pelos presentes durante a reuni\u00e3o. Para o representante da Fenaj, G\u00e9sio Passos, a m\u00eddia precisa debater sua pr\u00f3pria fun\u00e7\u00e3o. \u201cPrecisamos investir na forma\u00e7\u00e3o do jornalista. Hoje, vemos o enxugamento brutal das reda\u00e7\u00f5es, o que leva \u00e0 falta de qualidade jornal\u00edstica\u201d, afirmou.<\/p>\n\n\n\n

Ao fim da reuni\u00e3o da CPMI, a relatora L\u00eddice da Mata refor\u00e7ou o compromisso do colegiado em buscar quem produz, quem distribui e quem financia as fake news<\/em>. \u201cN\u00e3o temos compromisso com nenhum dos lados, mas sim com a verdade.\u201d<\/p>\n\n\n\n

Com informa\u00e7\u00f5es do Portal da Lideran\u00e7a do PSB na C\u00e2mara<\/a><\/p>\n\n\n\n

Leia tamb\u00e9m: Jornalistas apontam educa\u00e7\u00e3o como forma de combater not\u00edcias falsas<\/a><\/p>\n\n\n\n

Debatedores apontam democracia e educa\u00e7\u00e3o para combater fake news<\/a><\/p>\n\n\n\n

Assista \u00e0 integra da audi\u00eancia<\/p>\n\n\n\n