<\/a>A senadora L\u00eddice da Mata (PSB-BA) defendeu nesta quarta-feira (23\/5), em plen\u00e1rio, que o Congresso Nacional se esforce para que o Brasil alcance a marca de 10% do or\u00e7amento destinado \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, \u201cpara que seja poss\u00edvel dar um salto efetivo na educa\u00e7\u00e3o b\u00e1sica do Pa\u00eds e alcan\u00e7ar os n\u00edveis praticados pelos pa\u00edses desenvolvidos\u201d. A parlamentar baiana tamb\u00e9m defendeu que, no m\u00ednimo 50% dos recursos dos royalties do Pr\u00e9-Sal sejam destinados \u00e0 educa\u00e7\u00e3o, \u201cpara que os prefeitos possam investir no ensino b\u00e1sico\u201d.<\/p>\n

Durante seu discurso, L\u00eddice da Mata citou dados que mostram que, no Brasil, as regi\u00f5es Norte e Nordeste sempre ficam com \u00edndices menores quando se trata do tema educa\u00e7\u00e3o. A m\u00e9dia nacional dos jovens de 19 anos que conclu\u00edram o ensino m\u00e9dio \u00e9 de 50%; no Sul, est\u00e1 acima de 60%, enquanto na regi\u00e3o Norte fica em apenas 30%. Ao ser avaliada a situa\u00e7\u00e3o de alunos de oito anos da educa\u00e7\u00e3o b\u00e1sica que sabem ler, a m\u00e9dia nacional \u00e9 de 56%, enquanto no Sul \u00e9 de 65% e no Norte \u00e9 de 42,6%.<\/p>\n

\u201cAssim, vemos que as dificuldades de aprendizado na escola p\u00fablica brasileira se destacam pelo n\u00edvel diferente de atendimento, de acesso ao conhecimento e de aproveitamento escolar nas diversas regi\u00f5es, o que comprova a desigualdade com que os estados do Norte e Nordeste s\u00e3o tratados\u201d, disse L\u00eddice. A senadora frisou que, com isso, percebe-se claramente que \u00e9 inferior a qualidade da educa\u00e7\u00e3o oferecida nas regi\u00f5es brasileiras menos desenvolvidas economicamente.<\/p>\n

\u201cO abismo regional \u00e9 gritante\u201d, disse a senadora. E completou: \u201cSabemos da import\u00e2ncia de se fixar a ideia de que todo aluno deve ser alfabetizado na idade correta. E essa deve ser a meta de todo prefeito brasileiro, para melhorar os n\u00edveis da educa\u00e7\u00e3o b\u00e1sica de nosso Pa\u00eds. N\u00e3o \u00e9 s\u00f3 uma quest\u00e3o de responsabilidade do aluno. Esse n\u00edvel desigual, marcado pelas diferen\u00e7as regionais, precisa ser trabalhado pelo Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o em seus indicadores e monitoramentos\u201d.<\/p>\n

A senadora tamb\u00e9m comparou os \u00edndices do Brasil com os de pa\u00edses que formam a OCDE \u2013 Organiza\u00e7\u00e3o de Coopera\u00e7\u00e3o para o Desenvolvimento Econ\u00f4mico. \u201cA pol\u00edtica educacional tem que ter regras diferentes de investimentos para garantir que o Norte e o Nordeste possam ter o mesmo n\u00edvel de desenvolvimento alcan\u00e7ado pelos estados do Sul e Sudeste\u201d, defendeu.<\/p>\n

As dificuldades do Brasil para cumprir as metas de educa\u00e7\u00e3o foi tema de audi\u00eancia p\u00fablica nesta quarta-feira na Comiss\u00e3o de Educa\u00e7\u00e3o. Participaram audi\u00eancia o secret\u00e1rio de Educa\u00e7\u00e3o B\u00e1sica do Minist\u00e9rio da Educa\u00e7\u00e3o, Antonio Cesar Callegari; a diretora executiva do Movimento Todos Pela Educa\u00e7\u00e3o, Priscila Cruz; e o diretor executivo do Grupo Ibmec Educacional, professor Fernando Lu\u00eds Sch\u00fcler. No final de seu pronunciamento, a presidente da sess\u00e3o, senadora Marta Suplicy (PT-SP) destacou o \u201cexcelente discurso\u201d da senadora L\u00eddice da Mata.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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