Novos heróis e heroínas nacionais foram inscritos na quarta-feira (12/12) no Livro de Aço, no Panteão da Pátria, na Praça dos Três Poderes. Quatro personalidades tiveram seus nomes inscritos com origem no Projeto de Lei do Senado – PLS 535/2011, aprovado em 2015 pelo Senado e em 2018 na Câmara dos Deputados. O projeto foi iniciativa dos senadores baianos Lídice da Mata, Walter Pinheiro e João Durval. Assim, os nomes de Maria Quitéria, Joana Angélica, Maria Felipa e João das Botas no Livro dos Heróis da Pátria representam a preservação da memória, da cultura e da história do Brasil e da Bahia. Todos eles foram mártires da Independência da Bahia, ocorrida em 2 de julho de 1822. São quatro símbolos da saga baiana que marcou a luta pela Independência do Brasil e determinou o início da independência efetiva do país de Portugal.
Também foi incluído no livro o nome de Miguel Arraes, político pernambucano falecido em 2005. O projeto que sugeriu a inclusão de Arraes no livro histórico teve relatoria da sendora Lídice. Além de Arraes, Machado de Assis, Rui Barbosa, Euclides da Cunha e Zuzu Angel, entre outros, passam a compor um rol que já somava 31 personalidades, como Tiradentes, Zumbi dos Palmares e Anita Garibaldi.
“São pessoas que contribuíram no processo de independência do Brasil, da abolição da escravidão, na luta pela democracia e por um País mais justo para todos”, destacou o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, durante a solenidade.
Inaugurado em 7 de setembro de 1989, o Panteão da Pátria abriga o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, também conhecido como Livro de Aço, que homenageia pessoas que tiveram papel fundamental na construção do País.
Como ocorre a inclusão de nomes – Para ter o nome no livro, é necessário que o Senado Federal e a Câmara dos Deputados aprovem uma lei com a inclusão. Só podem ser homenageadas pessoas falecidas (ou que tenham presunção de morte) há, pelo menos, 10 anos. O Livro de Aço homenageia a liberdade, a democracia e todos os homens e mulheres que se sacrificaram para garantir a autonomia e o engrandecimento da nação nos episódios históricos em que o direito à liberdade foi colocado em risco.
Novos heróis e heroínas da pátria
- Antônia Alves Feitosa, Jovita Feitosa — primeira mulher a tentar se alistar nas Forças Armadas
- Bárbara Pereira de Alencar — considerada uma das primeiras brasileiras a se envolver com temas políticos
- Cândido Mariano da Silva Rondon, o Marechal Rondon — militar e sertanista
- Clara Camarão — indígena brasileira
- Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha — engenheiro militar, jornalista, ensaísta e historiador, escreveu a aclamada obra Os Sertões
- Francisco José do Nascimento, Dragão do Mar — líder comunitário abolicionista
- João Francisco de Oliveira, João das Botas — ativista pela Independência
- João Pedro Teixeira — defensor do trabalhador rural
- Joaquim Francisco da Costa, Irmão Joaquim do Livramento — religioso
- Joaquim Maria Machado de Assis — escritor e intelectual brasileiro
- José Feliciano Fernandes Pinheiro, Visconde de São Leopoldo — jurista e escritor
- Leonel de Moura Brizola — político
- Luís Gonzaga Pinto da Gama, Luiz Gama — líder abolicionista, jornalista e poeta
- Maestro Antônio Carlos Gomes — autor da ópera O Guarani
- Maria Felipa de Oliveira — ativista pela Independência
- Maria Quitéria de Jesus Medeiros — ativista pela Independência
- Martim Soares Moreno — militar português considerado o fundador do estado do Ceará
- Miguel Arraes de Alencar — político
- Rui Barbosa — advogado, jornalista, jurista, político, diplomata, ensaísta e orador
- Sóror Joana Angélica de Jesus — religiosa
- Zuleika Angel Jones, Zuzu Angel — estilista e ativista
Assessoria de imprensa, com informações da Agência Brasil
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