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A delegação brasileira presente à Conferência Mundial do Clima (COP22) em Marrakech, no Marrocos, debateu a precificação do carbono com o secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Alfredo Sirkis. A precificação do carbono ocorre quando se atribui um valor econômico, por exemplo, às ações de redução das emissões de gases de efeito estufa por empresas. Segundo o relator da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), o Brasil precisa debater o assunto de forma mais contundente e se alinhar a exemplos internacionais, como o Canadá e a França. “Acho que esse é um desafio que temos que colocar no Brasil. Essa discussão sequer foi iniciada. É importante, portanto, aproveitar os diversos fóruns de debate, na comissão mista, no fórum do clima, com o governo federal e os governos estaduais, para que possamos, quem sabe, na apreciação de uma reforma tributária ou de uma reforma fiscal no Brasil, termos um viés para poder sobretaxar ou taxar os produtos que contribuem para a poluição”, afirmou.

Biofuturo – Os senadores que participam da COP 22 acompanharam o discurso do ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, na plenária principal do evento. A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) destacou a importância do trabalho conjunto entre as nações. “O Brasil está fazendo sua parte, mas é importante acompanhar novas metas, indispensáveis para que todos os países cumpram, especialmente a ideia de que outros países possam garantir as emissões de carbono num patamar menor e debater a possibilidade de compra e venda no mercado de carbono”, disse a parlamentar baiana.

Para Lídice, a inclusão do uso de biocombustível na cadeia energética brasileira é essencial tanto para a preservação do meio ambiente – com a redução do efeito estufa – , como, também, em relação a aspectos econômicos e sociais, por meio do fortalecimento da agricultura familiar e do agronegócio.

Durante a COP22, também foi lançada pelo governo brasileiro a plataforma Biofuturo, um programa global de estímulos à produção de biocombustíveis. O evento teve a participação de representantes da Agência Internacional de Energia; da FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação; e de representantes de países como China, Estados Unidos, Finlândia, França e Reino Unido, que serão apoiadores da plataforma que trabalhará na difusão de tecnologia e de desenvolvimento de biocombustíveis e bioquímicos.

Discussão mundial – A participação do Brasil é essencial na discussão mundial em torno das mudanças climáticas, disse o negociador-chefe da COP22, embaixador Aziz Mekouar, que elogiou a qualidade técnica e política da delegação do país nas negociações do Acordo de Paris e na elaboração da regulamentação das diretrizes em curso na Conferência do Clima. “A participação do Brasil é absolutamente essencial. A qualidade da delegação brasileira, dos negociadores brasileiros é única. O nível técnico e o nível político da delegação brasileira é um dos melhores”, afirmou Mekouar.

Com informações de  Paula Groba, enviada especial da Rádio Senado (17/11/2016)

Confira entrevista da senadora Lídice da Mata e veja mais na Agência Senado.

Ouça também entrevista com o embaixador Aziz Mekouar.

Acompanhe mais informações sobre a participação do Brasil na COP22 na Agência Senado.

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