“Se podemos dizer que atingimos o objetivo de proteger a população dos aspectos mais perversos da seca, devemos constatar que o desafio de enfrentar os efeitos da seca na esfera produtiva persistem”.Foi com
este novo enfoque, voltado para o socorro ao produtor rural, que a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira(2) recursos da ordem de R$ 9 bilhões para combater os efeitos da seca no Nordeste.
O anúncio foi feito durante a 17ª reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), em Fortaleza, que reuniu os governadores dos nove estados nordestinos, de Minas Gerais e do Espírito Santo. Além do governador Jaques Wagner, a Bahia ainda esteve representados pelos senadores Lídice da Mata e Walter Pinheiro. O Estado é o mais castigado pela estiagem, com 226 municípios em estado de emergência.
Considerada uma das piores da história, a seca iniciada no final do ano de 2011 diretamente 10 milhões de pessoas em 1.415 municípios espalhados pelo Nordeste e norte de Minas Gerais. O Governo Federal já aplicou R$ 7,6 milhões no auxílio às populações afetadas, com carros-pipa e Bolsa Estiagem, entre outras medidas emergenciais.
Até 2014, deverão ser investidos R$ 30 bilhões para ampliar a oferta de água no Nordeste com obras estruturantes como barragens, adutoras, canais e redes de abastecimento.
Dilma anunciou a prorrogação por dez anos do pagamento das dívidas de crédito rural contratados entre 2012 e 2014, a redução de dívidas e um aporte de R$ 350 milhões no crédito rural, além da incorporação de mais 361 mil beneficiários do manutenção da Bolsa Estiagem (R$ 80 por família). Assim como o Garantia-Safra, destinado a agricultores, o Bolsa Estiagem foi prorrogado até o fim do período de seca.
O governo federal anunciou ainda o aumento na oferta de carros-pipa (de 4.746 para 6.170), construção de mais cisternas (240 mil para consumo humano até o fim deste ano) e distribuição de 340 mil toneladas de milho para os meses de abril e maio.
*Com informações da Folha de S.Paulo
02/04/2013