Uma pesquisa do DataSenado confirma as principais conclusões da CPI da Violência contra a Mulher, encerrada na semana passada. Segundo a comissão do Congresso, brasileiras continuam sendo espancadas e mortas porque o poder público não põe em prática todos os mecanismos de proteção e punição previstos na Lei Maria da Penha.
Das mulheres ouvidas pelo DataSenado, 30% dizem acreditar que as leis do país não são capazes de protegê-las da violência doméstica. Para 23,3%, muitas vítimas não denunciam os companheiros à polícia por prever que eles não serão punidos.
Segundo o relatório da CPI, aprovado na quinta-feira passada, o Brasil tem pouquíssimas delegacias da mulher (19 por Estado, em média) e ainda menos juizados de violência doméstica (três por Estado).
Das mulheres entrevistadas, 18,6% afirmaram já ter sido vítimas de violência doméstica. Em resposta à última agressão, uma parcela expressiva delas (20,7%) nunca procurou ajuda nem denunciou o agressor.
O DataSenado ouviu, por telefone, 1.248 mulheres de todos os estados entre 18 de fevereiro e 4 de março. O relatório da CPI foi feito pela senadora Ana Rita (PT-ES) e a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) foi uma das integrantes da comissão.
O Jornal do Senado explica o tema e a íntegra da pesquisa pode ser consulta no DataSenado.
Jornal do Senado, 09/07/2013