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A deputada federal Lídice da Mata disse, em suas redes sociais, que a Reforma da Previdência proposta pelo presidente Jair Bolsonaro, será devastadora para as mulheres. Em uma série de três vídeos publicados em sua página no Facebook, a parlamentar baiana cita pontos que prejudicam as trabalhadoras brasileiras e reafirma sua posição contrária ao texto elaborado pela equipe econômica do ministro Paulo Guedes.

“As mulheres serão mais prejudicadas que os homens caso as mudanças previstas nesta reforma da Previdência e uma das principais alterações que exigiriam mais sacrifício das mulheres seria a idade mínima. A Reforma prevê que ela subirá de 60 para 62 anos (trabalhadoras urbanas) e de 55 para 60 anos (trabalhadoras rurais). Para os homens, serão mantidas as idades mínimas atuais: 65 anos (urbano) e 60 (rural) ”, disse.

Lídice ressalta ainda que atualmente é possível se aposentar por idade mínima, por tempo de contribuição ou por uma combinação dos dois requisitos. “Com exceção dos casos que se encaixam nas regras de transição, a reforma da Previdência prevê uma única modalidade para se aposentar: por idade. As mulheres terão que trabalhar dois anos a mais, se forem do setor urbano, e cinco anos a mais, se forem do setor rural”, explica Lídice que também alerta que as mulheres serão afetadas tanto pela elevação da idade mínima quanto pelo aumento do tempo mínimo de contribuição e, mais ainda, pela combinação desses requisitos.

Com relação à regra sobre as pensões por morte, as mulheres também serão prejudicadas, conforme disse a deputada, que também critica o fato de as mulheres receberem aposentadorias mais baixas. “Isso acontece devido a fatores como a dupla jornada, que ainda deixa a cargo das mulheres a responsabilidade pelos afazeres domésticos e pelos cuidados com a família. Em 2017, segundo o IBGE, as mulheres que trabalhavam fora dedicavam, em média, 17 horas semanais às tarefas do lar.  Já os homens gastavam menos da metade desse tempo (8,5 horas por semana) em tarefas domésticas. A dupla jornada, diz o Dieese, acaba atrapalhando a carreira profissional das mulheres, e a reforma de Bolsonaro reforçaria essa desigualdade”, finalizou.

Assista os vídeos

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