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O furto de sete alfaias, peças sacras que ornamentam as imagens dos santos da Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, despertou a revolta dos cahoeiranos, manifestado em pedido de apoio enviados à Senadora Lídice da Mata para reforçar as investigações sobre o caso.

“Tenho recebido muitos apelos indignados pelas redes sociais, grande parte deles de meus conterrâneos de Cachoeira, e acionei meu gabinete a buscar informações junto à Secretaria de segurança Pública e ao Iphan, que apuram o caso”, declarou Lídice em seu perfil no facebook.

O cofre do templo religioso tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) foi arrombado e os assaltantes levaram um cálice, duas navetas, um resplendor, uma bacia com o gomil, e uma coroa de ouro cravejada com brilhantes.

Segundo o delegado-geral adjunto da Polícia Civil, Bernardino Brito Filho, a investigação, a cargo do delegado Andre Oliveira Alves, da delegacia de Cachoeira, irá colher depoimentos de todas as pessoas que tiveram acesso à igreja durante o período em que esteve em reforma.

“O cofre é de um modelo antigo, de chavões, o que facilitou a ação dos bandidos”, argumentou Bernerdino Brito. Outro complicador para o trablaho da polícia foi a comunicação tardia da ocorrência, já que o cônego Hélio César Vilas Boas só deu falta das peças dois dias depois do arrombamento do cofre, quando fez um aditamento da ocorrência registrada no dia 21.

Em nota oficial distribuída nesta quarta-feira, 29, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que não foi comunicado sobre o furto dos objetos “como determina a lei, que obriga a comunicação em até cinco dias, após o evento. O órgão que soube do fato através de notícias publicadas na imprensa, já tomou as devidas providências administrativas e policiais, junto a Polícia Federal para que o crime seja apurado.”

Ainda segundo o documento, “nesta quinta-feira (30/08), o superintendente estadual do Iphan, Carlos Amorim terá uma reunião com o arcebispo primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger na expectativa de que a Igreja adote providências importantes quanto ao caso”.

a Bahia como o segundo estado com maior número de registros de peças sacras furtadas do País, atrás apenas de Minas Gerais. Ainda segundo dados do instituto, mais de 138 obras estavam desaparecidas em todo o Estado em razão de furtos.

Apesar da dificuldade de combater o comércio ilegal de obras de arte, a Polícia Civil da Bahia recuperou, há menos de um mês, uma peça furtada em Cachoeira, a escultura “Deus Grego Juno” que desapareceu em 21 de março deste ano do jardim interno do Hospital São João de Deus, pertencente à Santa Casa de Misericórdia e que foi encontrada em um antiquário no Rio Vermelho.

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