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O Senado Federal realizou nesta quarta-feira (21/9) sessão especial para homenagear personalidades que contribuíram de maneira relevante na defesa das pessoas com deficiência no Brasil, com a entrega da Comenda Dorina Nowill. A segunda edição do prêmio ocorre no mesmo dia em que se comemora o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. A iniciativa partiu da senadora Lídice da Mata (PSB-BA), que apresentou projeto em 2011 para criar a premiação.

Lidice destacou a importância da condecoração porque chama a atenção da sociedade para os desafios da inclusão de quase 25% da população brasileira que vivem com algum tipo de deficiência. A entrega desta Comenda coincidiu também com o término dos Jogos Paralímpicos do Rio-2016, no último domingo (18). “Os Jogos Paralímpicos do Rio, que tiveram absoluto sucesso, mostraram ao mundo a importância da inclusão e da luta contra todas as formas de discriminação e preconceito”, assinalou a parlamentar.

Este ano, foram homenageadas duas pessoas ligadas à Rede Sarah de Hospitais de Reabilitação: o seu fundador, Aloysio Campos da Paz (1936-2016), in memoriam, e Lúcia Willadino Braga, cientista e neuropsicóloga, presidente e diretora-executiva da Rede Sarah. Seu trabalho tornou-se referência mundial ao reabilitar, por meio da música, crianças com danos cerebrais. Lúcia também foi pioneira no envolvimento da família no processo de reabilitação. Também receberam a Comenda Dorina Nowill o servidor do Senado Federal Fernando Gomide, que desde 1985 preside a Associação Brasiliense de Amparo ao Fibrocístico; Flavio Arns que foi senador (2003-2011) e deputado federal (1990–1998), presidente da Federação Nacional das APAEs e presidente da Associação Brasileira de Desportos de Deficientes Mentais. Outra agraciada, Helena Werneck, é responsável pela criação da ONG Meta Social que desenvolve ações junto à mídia para divulgar e promover inclusão social.

Dorina Nowill – A educadora Dorina de Gouvêa Nowill (1919-2010), nascida em São Paulo, perdeu a visão aos 17 anos. Mesmo cega, estudou em uma escola normal regular e tornou-se professora primária. Criou a Fundação Dorina Nowill, uma entidade voltada para auxílio aos deficientes visuais e reconhecida pela qualidade de seus livros acessíveis e serviços de reabilitação. Em 1948, trouxe para o País um maquinário completo para impressão em braile, e hoje sua fundação conta com a maior imprensa braile da América Latina. Durante sua carreira acadêmica, especializou-se em educação de cegos na Escola de Pedagogia, em Nova York. Foi presidente do então Conselho Mundial para o Bem-Estar dos Cegos, hoje União Mundial dos Cegos. Morreu aos 91 anos idade.

A Comenda – Aprovada em 2013 a partir de proposta da senadora Lídice da Mata, a Comenda Dorina Nowill é concedida anualmente pelo Senado a personalidades que tenham oferecido contribuição relevante à defesa das pessoas com deficiência no Brasil. A primeira entrega da honraria ocorreu em 2015. Naquela ocasião, as primeiras homenageadas foram Aracy Lêdo, Maria Luiza Câmera, Rosinha da Adefal, Mara Gabrilli, Loni Mânica e Solange Calmon. Na primeira edição do prêmio, também foi feita homenagem in memoriam à própria Dorina, criadora da Fundação que leva seu nome e auxilia deficientes visuais, com serviços de reabilitação e edição de livros em braile.

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Assista reportagem da TV Senado.