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A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) foi homenageada no domingo (25/6), em Cachoeira, sua cidade natal, com a Comenda Maria Quitéria, durante as comemorações da data magna do município, quando os heróis da luta pela independência são reverenciados. Este ano, a Câmara Municipal também comemorou os 10 anos de transferência do governo simbólico do Estado para a cidade de Cachoeira, de acordo com a Lei Estadual 10.695/2007, sancionada pelo então governo Jaques Wagner, e que teve como base projeto da então deputada Lídice da Mata.

Em seu discurso, a senadora agradeceu a homenagem e relembrou as lutas dos cachoeiranos pela Independência do Estado que, em 2 de julho de 1823, resultou na libertação baiana do domínio português. “O 25 de junho é um reconhecimento àqueles que, corajosamente, há 195 anos, arriscaram suas vidas em defesa da formação do Estado brasileiro soberano. Essa data, pela sua magnitude, deveria ser comemorada em todo o Estado e também nacionalmente. Cachoeira é um marco da resistência do povo baiano e me orgulho muito de representá-la”, ressaltou.

A programação do evento teve início com o hasteamento das bandeiras, seguida de celebração do Te-Déum. Ainda pela manhã, houve sessão solene na Câmara de Vereadores. Para encerrar as comemorações, às 15 horas ocorreu um desfile cívico pelas ruas da cidade.

Durante a sessão solene, o orador Dr. Nelson Aragão destacou o 25 de junho como um dia de comemoração, reflexão e reparação e falou também sobre a luta para que a comarca da cidade fosse elevada de entrância inicial à intermediária, relembrando que o apoio da deputada Fabíola Mansur foi imprescindível para que o projeto fosse votado pela Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) com celeridade.

Data Magna – 25 de junho é a data magna de Cachoeira, cidade histórica baiana onde se iniciaram as guerras pela independência do Brasil na Bahia. Na manhã desse dia em 1822, a Câmara Municipal aclamou o príncipe dom Pedro como Regente e Protetor Perpétuo do Brasil. Em seguida, foi celebrado o Te-Déum na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário. Terminado o ato religioso, comemorou-se com tiros de festim para o alto. Imediatamente, uma canhoneira portuguesa, ancorada no rio Paraguaçu, abriu fogo contra a cidade, causando a morte do tambor Soledade e deixando vários feridos. Após três dias de intensos combates, no começo da noite do dia 28 a escuna de guerra portuguesa não conseguindo evadir-se, devido à maré baixa, rendeu-se aos cachoeiranos.

Esse episódio teve significativa importância para a irreversibilidade do processo da emancipação política, dando início ao ciclo de guerras pela independência do Brasil na Bahia, que culminou no dia 2 de julho de 1823, em Salvador, com a retirada definitiva das tropas portuguesas do território baiano.

O dia 25 de junho, por sua magnitude, deveria ser comemorado em todo o Estado e nacionalmente, razão pela qual a senadora Lídice da Mata, quando de seu primeiro mandato como deputada estadual na Assembleia Legislativa da Bahia, apresentou o Projeto de Lei nº 11.783/1999 dispondo sobre a transferência simbólica do Governo da Bahia, no dia 25 de junho, para o município de Cachoeira. O projeto jamais foi apreciado. Depois, o então governador Jaques Wagner, sensível ao antigo anseio dos cachoeiranos, enviou ao Legislativo baiano, em junho de 2007, mensagem com o mesmo teor e, no ano seguinte, comemorou-se pela primeira vez o dia 25 de junho em Cachoeira, com a transferência simbólica do governo e todo o secretariado para a cidade.