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Foto: Pedro França (Agência Senado)

Foto: Pedro França (Agência Senado)

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) apresentou nesta quarta-feira (28/06) seu voto em separado na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania (CCJ) do Senado, pela inconstitucionalidade e rejeição integral do PLC 38/2017 da reforma trabalhista. A parlamentar lembrou que o relatório não considerou nenhuma das mais de 780 emendas apresentadas pelos diversos senadores. “Não há saída. A única saída é votar completamente não. É dizer não a uma reforma trabalhista que é prejudicial ao trabalhador brasileiro; destruidora da Justiça do Trabalho no Brasil; e que pune de forma mais profunda ainda o direito da mulher trabalhadora em nosso País”.
Para Lídice, a reforma trabalhista é “cruel e perversa”. Ela ponderou que os socialistas não podem  admitir sua aprovação. “Esperamos que o Senado possa votar não à reforma trabalhista, uma reforma imposta por um governo cada vez mais sem legitimidade  em função da realidade política brasileira. A alternativa do bom senso e da racionalidade nos conduziria a continuar debatendo a reforma, sem votar hoje (na CCJ) e sem votar no Plenário, pois este governo não tem condições de dar sustentação a uma reforma desta natureza. E este  governo, esta reforma, levarão a um conflito social e de classes no País”, declarou.
A senadora também criticou o PSDB, já que o relator do projeto na Câmara foi o deputado Rogério Marinho,  do Rio Grande do Norte. Segundo ela, o relatório que veio da Câmara tem dois objetivos claros: “retirar direitos do trabalhador e destruir os sindicatos”. A parlamentar baiana disse ainda que “é tão atrasado o conteúdo do relatório, que mostra como retrocederam os princípios que pautaram a social democracia do PSDB. Não pode alguém se dizer social democrata e defender esses posicionamentos que estão na reforma trabalhista. Ninguém tem coragem de dizer que defende o fim dos sindicatos e o fim do direito de organização sindical no Brasil e depois enfrentar uma eleição. E é isso que o relatório faz”, disse ao apontar que o relatório que o Senado estava votando mantinha todos os retrocessos aprovados pela Câmara.
Confira a parte final do voto em separado apresentado pela senadora Lídice da Mata.
Assessoria de Imprensa (28/06/2017)