A ministra da Cultura, Marta Suplicy desembarca nesta quinta-feira, 18, em Salvador, para cumprir agenda junto ao governo do estado e atendendo solicitação da senadora Lídice da Mata, a ministra visitará o Museu Nacional da Cultura Afro (Muncab), a partir das 14h, na companhia do governador do Estado Jaques Wagner. Eles serão recebidos pelo poeta e compositor José Carlos Capinan para debater o processo de transferência da gestão do museu para o Governo Federal.
“A senadora Lídice da Mata tem trabalhado pela federalização do museu e o assunto da pauta é debater aspectos técnicos deste processo”, explicou Capinan, que preside a Associação dos Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro), atual mantenedora do Muncab.
O pleito pela federalização do Muncab, que depende de projeto de lei do Executivo, foi feito por Lídice à ministra durante audiência pública realizada na Comissão de Educação e Cultura do Senado, no dia 17 de abril.
“Tive a oportunidade de retomar a negociação para o término das obras do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), cuja presença se justifica em diversos lugares do país, mas em especial na Bahia, para que as pessoas que nos visitarão durante a Copa do Mundo possam conhecer a enorme e rica contribuição que o povo africano pôde dar à cultura brasileira através de seus artistas plásticos, de sua gastronomia, arquitetura e em todos os setores da vida cultural”, explicou a senadora.
Segundo o presidente do Muncab, além de encaminhar estas questões a federalização é fundamental para “a formação de uma equipe permanente de manutenção de um projeto concebido para ser realizado em dois anos e que se estende há 10 anos sem custeio”, argumenta. “Temos 70% das obras executados e queremos dar continuidade a elas, assim como é preciso ampliar o nosso acervo, atualmente com quase 300 peças”, explica Capinan.
Por falta de verba, o Muncab não tem um horário de funcionamento regular, apenas em exposições e eventos esporádicos. O Museu foi criado em 2002, mas somente a partir de 2011 pôde contar com uma sede, a partir da assinatura de convênio com o Ministério da Cultura, à época comandado pelo baiano Juca Ferreira. O Muncab funciona no prédio do antigo Tesouro, no Centro Histórico de Salvador. A primeira exposição, com artistas do Benin, teve a curadoria de Emanoel Araújo.