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Como posso ser de esquerda e votar num projeto que esvazia os conselhos, que são uma conquista do processo democrático?”, questionou.Lídice pontuou que não é contra os investimentos privados na festa, mas que os interesses do capital não podem ficar acima das necessidades da coletividade.

Para ela, o Carnaval do Rio de janeiro é um bom exemplo de como conciliar ambos os interesses. “O Rio está dando um show, pois repensou seu carnaval, que hoje dá espaço tanto à festa oficial das Escolas de Samba no Sambódromo, mas também tem um carnaval de rua revigorado na região central”.”Falam tanto em PDDU da Copa, que é um evento que será realizado apenas uma vez, mas nós precisamos mesmo de um PDDU do Carnaval a partir de um projeto discutido com todos os setores da sociedade. Precisamos de uma lei para delimitar o tamanho dos camarotes, vamos repensar um projeto de carnaval que não seja apenas um espaço para a multiplicação do lucro dos grandes investidores.

Desse jeito não dá”.Lídice apoiou o protesto organizado na noite do último sábado por cidadãos soteropolitanos contra a interdição da Praça de Ondina para a montagem do Camarote Salvador e repudiou a liminar concedida à empresa Premium baseada na suposição de que o movimento poderia representar danos às obras do camarote.”Este movimento Desocupa Salvador é um marco para a cidade.

É uma coisa escandalosa, é inaceitável que uma manifestação pacífica seja tratada como uma ameaça ao patrimônio privado. E o patrimônio público que está sendo ameaçado ali?”, criticou a  representante do PSB baiano no Congresso Nacional.Estas foram algumas das propostas feitas pela senadora Lídice da Mata durante entrevista de 40 minutos concedida na tarde desta segunda-feira, 15, aos jornalistas Lenilde Pacheco e Falcão de Oliveira durante o programa Bahia com Tudo, na Rádio Tudo FM (102,5).Salvador precisa rediscutir seu Carnaval.

A cidade está assistindo à degradação dos espaços onde a festa é realizada, fruto de um processo de gradativa sobreposição dos interesses privados aos coletivos. É preciso convocar a sociedade soteropolitana para discutir um PDDU do Carnaval que delimite o tamanho dos camarotes e devolver o espaço público ao povo.

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