Para o presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, senador Jorge Viana (PT-AC), a diminuição do desmatamento é positiva, mas ainda há grandes desafios a serem vencidos pelo País: “Foi muito importante a gente parar um ciclo de desmatamento que vinha ocorrendo há quatro anos. Essa redução de 16% foi importante. Teve o esforço dos estados e, claro, é inaceitável que a gente tenha o crescimento do desmatamento na Amazônia brasileira. Mas os desafios do Brasil são enormes: tem redução no orçamento para combate ao desmatamento e também para suporte às políticas de ciência e tecnologia nas universidades. Isso é um verdadeiro desastre”, disse.
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) diz que é preciso recompor o orçamento do Brasil na área de preservação ambiental: “Eu citaria a principal [causa] de todas a aprovação, no final de 2016, da emenda constitucional que limita os gastos públicos ao que foi aplicado no ano anterior apenas acrescido da inflação. Isso vai limitar muito a ação do Estado brasileiro na área ambiental”, alertou. Já a senadora Lídice da Mata ressaltou que a consciência do cidadão e os investimentos no setor são essenciais, sobretudo na área de recursos hídricos: “É preciso formar uma consciência cidadã no Brasil inteiro a respeito das dificuldades e das limitações dos recursos hídricos. Mas, acima de tudo, é preciso investir na conservação dos nossos recursos hídricos. O rio São Francisco está morrendo e, com isso, atinge diversas outras bacias de afluentes”, alerta.
Este ano, a COP é presidida por Fiji, um país insular da Oceania, que corre o risco de sumir do mapa caso o nível do mar aumente com o aquecimento global.