A líder do PSB no Senado, Lídice da Mata (BA) fez um duro pronunciamento contra o governo Temer na tarde desta terça-feira (7/11). Segundo a senadora, o povo brasileiro vive um trágico momento com uma agenda retrógrada “que o Presidente ilegítimo vem impingindo ao Brasil e que infelicita nosso presente e compromete enormemente nosso futuro como Nação justa, desenvolvida e soberana”.
Lídice afirmou ainda que a ousadia do presidente mais impopular da história do País parece não ter limites: “Sem dúvida, o descompromisso do governo golpista com a população brasileira está na raiz de todas as nossas agruras. Constatamos nesses nefastos 18 meses de desgoverno, um retrocesso sem precedentes sobre conquistas de toda a sociedade brasileira”, analisou a parlamentar que atacou a reforma trabalhista, a lei da terceirização e a política de privatizações do governo.
Segundo ela, Temer fere a Constituição Federal de 1988, acabando com programas sociais, políticas públicas e medidas destinadas a reduzir a desigualdade social, que a senadora considera uma “nódoa que tristemente marca o País como um dos mais desiguais do mundo”. A senadora acrescentou que, “nesse sentido, a agenda presidencial aponta, em termos absolutos, para audiências bastante sugestivas com reuniões secretas, 42 encontros com representantes de 42 empresas e cinco encontros com a bancada ruralista. Na outra ponta, foram seis singelas reuniões com centrais sindicais e nenhuma com movimentos quilombolas ou indígenas. De fato, muito esclarecedor”, resumiu a parlamentar.
Outro indicador que chama a atenção, de acordo com Lídice, é documento encaminhado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que apresenta 36 propostas para o Brasil sair da crise. Pelo monitoramento feito pela própria entidade, relativo à tramitação de suas propostas, constata-se que 29 delas avançaram. O setor ruralista, por sua vez, encaminhou 17 pontos prioritários para o segmento, dos quais 13 foram atendidos.
A senadora também fez duras críticas ao programa de privatizações que o governo federal vem conduzindo, principalmente as que envolvem empresas como a Petrobras e a Eletrobras e suas concessionárias: “Temer reforçou seu propósito de colocar à venda parcela significativa das estatais, com um decreto que cria regime especial para a venda de seus ativos”, assinalou a parlamentar.
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Assessoria de imprensa, 07/11/2017