A X Sessão Ordinária da Assembleia Parlamentar Euro-Latinoamericana (EuroLat) terminou no dia 21 de setembro, em El Salvador, com a recomendação aos governos da Europa e da América Latina de salvaguardar “sem exceção” os direitos humanos da população mundial. Projetos referentes ao futuro do sistema multilateral de gestão do comércio e a cooperação entre a União Europeia e Latino América na luta contra o crime organizado e o terrorismo, direitos humanos, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, direitos das mulheres, entre outros, foram os pontos centrais da pauta.
Os parlamentares da América Latina e Europa concordaram que a corrupção é um problema que afeta todos os países do mundo e, portanto, deve ser erradicada pelo bem-estar das pessoas mais necessitadas, que há anos são as mais afetadas.
Com um apelo ao diálogo, a crise na Venezuela também ocupou espaço importante entre os debates. A Declaração de San Salvador, emitida pelos co-presidentes do organismo, Roberto Requião (Brasil) e Ramón Jáuregui (Espanha) recomendou que “apenas uma Venezuela unida e democrática poderá enfrentar o futuro”.
Durante a sessão de encerramento da X Sessão Plenária Ordinária da EuroLat, o Parlamentar do Mercosul Diego Mansilla (Argentina), pediu que um parágrafo seja incluído na Declaração dos co-presidentes solicitando a renovação do diálogo para a disputa e soberania das Ilhas Malvinas de acordo com a Resolução n° 2.035 das Nações Unidas. “Não é apenas uma questão da nação argentina, mas é uma causa latino-americana”, disse Mansilla.
A secretária geral Ibero-Americana, Rebeca Grynspan (Costa Rica), manifestou que, no decorrer de uma década, a EuroLat se consolidou como espaço excepcional para a aproximação entre a Europa e a América Latina: “Sem dúvida, sua trajetória constitui uma demonstração concreta de que a partir dos parlamentos se constrói a comunidade e se avança no diálogo político e internacional. É assim porque os valores que nos unem permeiam todas as esferas da vida na sociedade, desde a política e a legislação, até o comércio e à cultura”, assinalou a parlamentar.
O deputado europeu Ramón Jáuregui Atondo (Espanha), co-presidente da EuroLat, concluiu a sessão plenária agradecendo a El Salvador pela hospitalidade, simpatia, disposição e logística proporcionados por aquele país para a realização dos trabalhos durante os quatro dias da EuroLat. “El Salvador tem sido extraordinário, nenhum país ofereceu tanta ajuda, disponibilidade, serviços de segurança, de transporte e convites. Permitam-me expressar a El Salvador e a todas as suas autoridades minha gratidão”, expressou Jáuregui.
Já o senador brasileiro Roberto Requião, afirmou que “os parlamentos representam o povo e nós – EuroLat – não vamos parar de lutar pelas pessoas e pela democracia”, disse ao finalziar suas funções como co-presidente da EuroLat. Assumirá a nova co-presidência, pelo componente latino-americano, o deputado panamenho Elías Castillo, atual presidente do Parlamento Latino-Americano. Por sua vez, o parlamentar Daniel Caggiani (Uruguai), do Mercosul, foi eleito co-vice-presidente da EuroLat pelo componente latino-americano em representação do Parlasul.
A EuroLat é a instituição parlamentar da Associação Estratégica Birregional e conta com 150 membros, 75 do Parlamento Europeu e 75 do componente Latino-Americano, incluindo órgãos regionais como o Parlamento Latino-Americano (Parlatino), o Parlamento Andino (Parlandino), o Parlamento Centro-Americano ( Parlacen) e o Parlamento do Mercosul (Parlasul). A próxima sessão plenária da EuroLat será realizada no próximo ano no Panamá.
Via Agência Parlasul (22/09/2017), com informações EFE – Assembleia Nacional El Salvador