Foto: Roque de Sá (Agência Senado)
Ao discursar na noite desta quarta-feira (05/07) na primeira sessão de debates em Plenário para votação da reforma trabalhista, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) criticou a ausência de senadores da base governista no debate: “É lamentável que este Plenário esteja vazio. Estamos aqui apenas os senadores que defendem os trabalhadores e são contrários à reforma trabalhista para fazer o debate combinado sobre este importante tema”, disse a parlamentar baiana. Esta sessão de debates antecede a votação do PLC 38/2017. Lídice também criticou as galerias vazias, pois não está sendo permitida a presença de trabalhadores ou de representantes sindicais para acompanhar as votações. “Esta é uma situação surreal”, bradou a parlamentar.
Para a senadora baiana, se a reforma for aprovada haverá enxurrada de ações judiciais e irá dificultar o acesso do trabalhador à justiça, especialmente os trabalhadores mais pobres, além de afetar intensamente as representações sindicais. “Tenho a esperança de que os trabalhadores estejam nos ouvindo, porque aqui, os ouvidos do Senado estão moucos para o apelo que estamos fazendo há dois meses para que não votemos esta barbaridade”, disse.
Lídice voltou a reclamar que falta debate junto à socideade sobre o projeto e que, dentre mais de 700 emendas apresentadas, nenhuma foi contemplada. Ela também repetiu que o projeto fere os direitos dos trabalhadores e que irá prejudicar principalmente as mulheres. Lídice ressaltou que alguns senadores ainda resistem na luta pela não aprovação da matéria. E disse, ao final do seu pronunciamento, que só resta “apelar a Deus, para que abra a consciência dos senadores para não votar na próxima semana este projeto. E que eles possam defender o direito dos trabalhadores a um bom salário e à dignidade, e que a reforma possa ser rejeitada com as galerias repletas de representantes dos trabalhadores e que o Senado volte a ser a Casa do povo brasileiro”.
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Assista à íntegra do pronunciamento.