Parlamentares baianos vão marchar ao Palácio do Planalto e cobrar a liberação de empréstimo para investimentos públicos nas áreas de saúde, educação e infraestrutura. É que empréstimo já autorizado para o governo do Estado da Bahia corre o risco de não ser liberado. O senador Otto Alencar (PSD-BA) classificou de perseguição odiosa a não assinatura pelo governo federal do empréstimo de R$ 600 milhões ao Estado da Bahia para investimentos em educação, saúde e infraestrutura pública. Na tribuna do Senado na terça-feira (8/8), ele disse que os parlamentares baianos vão cobrar do Palácio do Planalto e do presidente Michel Temer a liberação dos recursos pelo Banco do Brasil.
“Não vai ficar assim. Vamos tomar providências. Vamos marchar ao Palácio do Planalto e perguntar ao presidente se ele vai cumprir com a palavra e com o povo da Bahia”, afirmou. O empréstimo, disse Otto Alencar, não é um favor. É um direito do Estado da Bahia que está organizado do ponto de vista fiscal. “O empréstimo não é bonificação como o concedido pelo governo Temer a estados endividados, caso do Rio de Janeiro”, salientou.
Segundo o senador, o governo federal havia se comprometido a liberar o empréstimo exatamente pela capacidade fiscal do Estado da Bahia. No entanto, Otto Alencar disse que ouviu na semana passada, do próprio presidente Temer, ao questioná-lo sobre a autorização do empréstimo, que a liberação não seria dada por causa da pressão de parlamentares e lideranças do DEM.
Retaliação – Em aparte, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) disse que os atores deste triste episódio deveriam ser destituídos de representar a Bahia, pois não estão fazendo mal somente ao governo do Estado, mas a todo o povo baiano. “Esse DNA da retaliação e perseguição eu conheço de perto. Quero lembrar que votamos aqui a favor do empréstimo solicitado pelo prefeito ACM Neto, pois era um benefício para Salvador. Agora nós, como representantes da Bahia, temos o dever de denunciar essa situação de sabotagem aos baianos. Não vamos descansar um só dia, na permanente denúncia dessa situação, enquanto não houver a reversão desse quadro. É uma posição contra o povo baiano”, resumiu Lídice.
Íntegra do pronunciamento e do aparte: