A senadora Lídice da Mata (PSB) disse que a candidatura dela a governadora da Bahia e a de Marina Silva à Presidência da República representam os ideais que marcaram a história de Eduardo Campos. “Construímos juntos este programa de governo que temos em comum durante mais de dez meses”, afirmou, em entrevista à Rádio Metrópole nesta quinta-feira (21). Ela ressaltou ainda o compromisso com as propostas formuladas por Eduardo e Marina que uniu a Rede Solidariedade e o PSB, no Brasil e na Bahia.
A candidata destacou, por exemplo, a defesa da educação como motor de desenvolvimento do estado, uma das marcas do governo de Eduardo em Pernambuco. “Não é possível governar a Bahia com os ideais que tenho, que marcaram minha vida, sem transformar a educação, é nosso compromisso de vida. Assim como Eduardo nos pediu para não desistir do Brasil, nós não desistiremos da Bahia”, salientou Lídice.
Reassumindo oficialmente a agenda de campanha – suspensa logo após a morte de Eduardo Campos, no último dia 13 –, Lídice destacou o protagonismo da candidatura de Marina Silva na disputa pela Presidência. “Marina tem consciência da obrigação que tem hoje com o Brasil, com a nação brasileira, com milhões de brasileiros que têm a expetativa de mudança política nessa eleição de 2014”, disse.
Para Lídice, o surgimento de Marina na segunda colocação nas pesquisas de intenção de voto representa a força, nesta eleição, que terá o voto dos eleitores que estão frustrados com a política tradicional, representada pelas candidaturas do PT e do PSDB.
“Marina é uma personalidade, liderança política que foi conhecida no Brasil inteiro por suas próprias características e pensamentos políticos. Ela teve quase 20 milhões de votos na última eleição e agora recebe a confiança de quem acreditava em Eduardo e no programa de governo que eles construíram em comum”, destacou.
Alianças – Lídice disse que a candidatura dela é a única que não fez alianças com o único propósito de ter maior tempo de televisão, nem prometeu lotear cargos públicos num futuro governo. “Só posso aceitar alianças que se submetam a um programa de governo. Não dá para continuar assistindo o troca-troca, a distribuição de cargos para ter mais tempo na TV. Não sou contra aliança, mas tem que ter coerência com pensamento político”, defendeu.
Aqui na Bahia, no governo do PT, segundo Lídice, os acordos políticos prejudicaram a gestão. “As coisas vão paralisando porque é tanta gente para ir para o governo que vão ficando esmaecidas as cores que nos diferenciam programaticamente da direita”, comparou.
21/08/2014