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Foto: Sérgio Francês

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News ouviu na terça-feira (5/11) um dos fundadores do blog Terça Livre, Allan dos Santos. Na semana anterior, em oitiva na CPMI, o deputado Alexandre Frota (PSDB-SP) acusou Allan dos Santos de comandar uma rede virtual de propagadores de notícias falsas ligada ao presidente Bolsonaro e seus familiares.

A relatora do colegiado, deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), citou uma série de acusações de prática de fake news realizadas pelo blog Terça Livre, como a notícia de que reservas indígenas tinham sido vendidas para uma empresa irlandesa; outra que o ex-candidato à Presidência Fernando Hadaad tinha ligação com quadrilha da Bahia; além de outra publicação de que o jornalista fundador do The Intercept, Gleen Greenwald, teria sofrido infarto devido ao consumo excessivo de cocaína. Outro questionamento foi em relação à publicação de nota informando sobre entrevista concedida pela jornalista do Estadão Constança Rezende a um site francês; e a divulgação de que Roger Waters, da banda Pink Floid, tinha ligação com esquema de corrupção do PT. Todas essas informações foram comprovadas como falsas por empresas de checagem de notícias.

A socialista ainda questionou Santos sobre o que leva o Terça Livre a publicar um volume tão elevado de informações inverídicas. O depoente, que foi convocado pela CPMI, foi vago em suas afirmações, sempre falando que publica o que recebe de fontes anônimas e que não recebe nenhum financiamento do presidente Bolsonaro ou de qualquer pessoa ligada a ele.

Allan dos Santos já foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a conceder direito de resposta ao Instituto Alana – que promove ações de desenvolvimento integral da criança – e que foi xingado pelo blog com ofensas caluniosas e consideradas falsas. O fundador do Terça Livre também foi condenado por danos morais após matéria falsa sobre o delegado que esteve à frente da investigação sobre Adélio Bispo – autor da facada contra o então candidato Jair Bolsonaro – informando que ele trabalhava para o PT.

Questionado se aceitaria a quebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico, Allan dos Santos primeiro afirmou que sim, embora, afirme que a CPMI não foi criada para com este propósito. Depois disse que cabe ao acusador o ônus da prova. A relatora Lídice lembrou aos presentes que o colegiado não investiga apenas se a notícia é ou não falsa, mas pretende identificar quem produz, quem distribui e quem financia as fake news. “Vou perguntar a todos os investigados sobre o sigilo bancário, fiscal e telefônico, não é nada pessoal. O que faço é a minha tarefa para conseguir identificar quem faz parte desse processo industrializado de produção de notícias falsas”, reforçou.

Com informações do Portal da Liderança do PSB na Câmara.

Leia também na Agência Senado: Na CPI, acusado de propagar notícias falsas alega liberdade de expressão

Fonte: Agência Senado

Confira a íntegra da audiência/oitiva

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