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A ONG Oxfam lançou esta semana o relatório informe “Quem Paga a Conta? Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid-19 na América Latina e Caribe” com revelação de que os bilionários desta parte do mundo ficaram imunes à crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus. No Brasil, o patrimônio dos chamados super ricos cresceu 34 bilhões de dólares neste período.

Em sessão virtual do Plenário, nesta quarta-feira (29), a deputada Lídice da Mata (PSB-BA) mostrou os dados do relatório da Oxfam e reforçou a necessidade da taxação de grandes fortunas no Brasil, bandeira do Partido Socialista Brasileiro (PSB). “Entre 18 de março e 12 de junho o patrimônio de 42 bilionários brasileiros passou de R$ 629 bilhões para mais de R$ 839 bilhões. Enquanto isso o número de desempregados cresceu quase dois milhões, chegando perto de 18 milhões de desempregados no País. Enquanto a maioria perde renda para colocar arroz e feijão na mesa, uma pequena parte cresce as suas fortunas”, lamentou.

A socialista criticou a Reforma Tributária enviada ao Congresso pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não é possível que diante dessa realidade o presidente Bolsonaro e seu ministro apresentem uma proposta que não passa de um engodo, tímida e que nada faz a não ser aumentar a taxação sobre serviços que serão transferidos ao consumidor brasileiro”, disse.

Para Lídice, no momento pós-pandemia deve ser discutido como e quem vai pagar a conta da retomada do desenvolvimento. “A taxação das grandes fortunas é necessária e urgente.” Tramita na Câmara propostas da Bancada Socialista para a taxação de grandes fortunas. O PL 1981/19 estabelece cobrança de Imposto de Renda Pessoa Física sobre a distribuição de lucros e dividendos. Já o PLP nº 9/19 institui o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF).

Segundo o relatório da Oxfam, na América Latina, são 73 bilionários que tiveram suas fortunas ampliadas em US$ 48 bilhões entre março e julho. De acordo com o relatório, esse valor equivale a um terço do total de recursos previstos em pacotes de estímulos econômicos adotados por todos os países da região.

Com informações Liderança do PSB na Câmara.

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