Skip to main content

O Ministério da Educação anunciou nesta terça-feira (5/6) que as universidades públicas federais e instituições particulares de educação superior vão oferecer 2.415 vagas adicionais em cursos de Medicina e áreas relacionadas à Saúde.

Para a Bahia, haverá novas 260 vagas, a serem disponibilizadas ao longo do plano de expansão: 60 vagas em Santo Antônio de Jesus (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB), 80 em Barreiras (Universidade Federal do Oeste da Bahia – Ufoba), 80 em Itabuna (Universidade Federal do Sul da Bahia – Ufesb) e 40 vagas em Paulo Afonso (Universidade Federal do Vale do São Francisco – Univasf). Com isso o MEC elevou de 160 para 420 as vagas de medicina ofertadas por instituições federais no Estado.

Na rede particular de ensino, a Bahia foi contemplada com 100 vagas já no próximo semestre, pela Universidade Salvador (Unifacs), para os cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Gestão Hospitalar.

A medida atende a reivindicação da bancada baiana levada pelos senadores Lídice da Mata (PSB) e Walter Pinheiro (PT) em audiência com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, no último mês de março. Na ocasião, os senadores entregaram ao ministro um documento com o pleito, assinado também pelo senador João Durval (PDT).

Para a senadora Lídice da Mata, a oferta de novas vagas é essencial para proporcionar melhoria na qualidade da educação oferecida pelas instituições de ensino superior da Bahia e também promover a redução da desigualdade regional que afeta, principalmente o Norte e o Nordeste do País, em diversas áreas e também na área educacional.

Expansão – As vagas começam a ser implantadas a partir do próximo semestre letivo e a expansão deverá ser concluída até 2013 em todas as regiões do País.

Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, o governo irá acompanhar a qualidade na expansão do número de vagas. “Nosso esforço é ampliar com qualidade a quantidade de vagas em cursos de Medicina. Não estamos com pressa, queremos fazer bem feito”, disse durante coletiva à imprensa.

Sobre a concentração de novas vagas nas regiões Norte e Nordeste, onde serão abertas 1.365 vagas, o ministro destacou que este é um esforço que precisa ser complementado com ações que mantenham os médicos em suas localidades de formação. “Há uma dispersão muito grande quando analisamos médicos e vagas. Não basta apenas uma política de desconcentração, mas para fixação”, explicou.

Para apoiar a expansão, serão contratados 1.618 professores e 868 técnicos administrativos. Segundo dados apresentados pelo ministro durante coletiva à imprensa, com 1,8 médicos para cada mil habitantes, o Brasil tem, proporcionalmente, pequeno número de profissionais nessa área, quando comparado a outros países da América Latina.

A média de vizinhos como Argentina e Uruguai chega a 3,1 e a 3,7 médicos por mil habitantes, respectivamente. Alguns países europeus contam, proporcionalmente, com o dobro de médicos. É o caso da França (3,5), Alemanha (3,6), Portugal (3,9) e Espanha (4,0). “Temos uma oferta de médicos insuficiente para atender a sociedade brasileira”, ressaltou Mercadante, ao citar dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Leave a Reply