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Em pronunciamento nesta terça-feira (22/5) no plenário, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA) defendeu o barateamento dos custos do transporte coletivo no País e mais incentivos à indústria nacional. Embora ela concorde, de forma geral, com a política econômica do governo federal, não deixou de registrar sua preocupação com as novas medidas anunciadas para diminuir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) do setor automotivo.

Segundo a senadora, essas mudanças no IPI atingem tanto o Fundo de Participação dos Estados como o Fundo de Participação dos Municípios. “A manutenção do parque automotivo nacional é importante para a nação e para os empregos no Brasil, mas não pode ser apenas essa a grande linha de estimulo à indústria nacional. Isso representará perda de receita para os municípios e o aprofundamento dos problemas nos grandes centros urbanos, que não suportam mais a injeção de novos veículos a cada ano, inviabilizando a vida, as habitações e a mobilidade nas grandes cidades brasileiras”, alertou a senadora.

A senadora disse que compreende a motivação da guarda dos empregos na indústria automotiva, mas que é preciso “estimular a indústria como um todo no País, inclusive o parque têxtil, diminuindo, por exemplo, o custo do vestuário”. Na avaliação de  Lídice da Mata, medidas para outros setores industriais podem contribuir para que o custo da economia popular seja diminuído e para que se possa ter, efetivamente, a garantia da manutenção do consumo. “Assim poderemos ter, como o governo tem apontado, aumento do crédito para, dessa maneira, garantir também o estímulo ao consumo”, alertou.

Para a senadora, o momento exige que o governo federal pense em novos e profundos estímulos para o setor de transporte coletivo e urbano, para que seja possível baixar as tarifas nas grandes cidades brasileiras e, dessa maneira, estimular o uso efetivo do transporte coletivo. “Em ano de eleições municipais, precisamos garantir que a qualidade de vida nas grandes cidades do País possa ser modificada para melhor e radicalmente”.

Pré-Sal e poupança – A senadora baiana ressaltou, ainda, o atual momento vivido por estados e municípios, “que estão lutando para que possam ter garantidas suas participações nos royalties do Pré Sal, como um grande momento de reconquista  de sua capacidade econômica e financeira”.

Ela frisou, no entanto, a importância das mudanças que a Presidenta Dilma Rousseff vem tomando em relação à economia, com a definição de novas regras da poupança. E elogiou a exposição do ministro da Fazenda, Guido Mantega, na Comissão de Assuntos  Econômicos (CAE) do Senado: “Todas essas novas regras, com certeza, estimulam a economia brasileira, principalmente face às situações de perigo enfrentadas mundialmente. A posição clara e didática do ministro deixa para o Brasil a confiança na sua posição e da Presidenta Dilma de manter aquecido o investimento no País e, dessa forma, buscar o enfrentamento da crise internacional com a manutenção do consumo e do aquecimento de nossa economia. A posição tomada em relação à poupança, permitindo que esse continue sendo um instrumento de estímulo do pequeno poupador brasileiro, e fazendo com que o povo continue acreditando no governo, nos traz a alegria de apostar no rumo de continuar lutando pelo desenvolvimento do Brasil e mantendo índices de crescimento, mesmo que pequenos, mas importantes para o atual momento de crise da economia mundial, que se abate principalmente sobre as zonas mais desenvolvidas, especialmente o Mercado Comum Europeu e os Estados Unidos”, disse em seu pronunciamento.

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