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A cultura brasileira é alvo de diversos ataques desde a chegada do atual governo, inclusive com a extinção do Ministério da Cultura. No sentido de reforçar e valorizar o setor, o líder do PSB na Câmara, deputado Tadeu Alencar (PE), demais socialistas e parlamentares de outros partidos protocolaram na quarta-feira (2/10), requerimento para a criação da Frente Parlamentar em Defesa do Cinema e do Audiovisual Brasileiros.  

Os deputados socialistas Lídice da Mata (BA), Alessandro Molon (RJ), João Campos (PE) e Gervásio Maia (PB) participaram da entrega do documento, junto com o senador Humberto Costa (PT-PE) e os deputados Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Pompeu de Matos (PDT-RS), Raul Henry (MDB-PE), Renildo Calheiros (PCdoB-PE) e Áurea Carolina (PSOL-MG). A Frente é composta por parlamentares de quase todos os partidos políticos com representação na Câmara e terá seu lançamento solene, em breve, em ato político que contará com a participação dos parlamentares integrantes e representantes do setor do audiovisual e da sociedade civil. 

De acordo com o deputado Tadeu Alencar, o momento da vida brasileira é desafiador, com iniciativas autoritárias que atacam principalmente a cultura. “É na cultura que se forma o sentido libertário das pessoas e onde há a resistência contra regimes que querem desmontar políticas públicas inclusivas, que geram emprego, renda e um sentido da arte como instrumento de grande transformação social.”  Por essa razão, o líder socialista externou sua felicidade em solicitar a criação da Frente, junto com mais de 250 parlamentares. Para ele, essa iniciativa será uma trincheira de resistência e de luta com o objetivo de fortalecer essa cadeia da economia criativa. “A cultura é um vetor de desenvolvimento para um Brasil que é múltiplo, plural, diverso e extraordinariamente rico do ponto de vista cultural”, acrescentou. 

Lídice da Mata também reforçou que, além de ser uma fonte de resistência e de identidade cultural, o cinema brasileiro gera emprego e renda, como setor da economia criativa que impulsiona o desenvolvimento do País, com foco industrial hoje mais no Sudeste, mas enorme potencial de produção na região Nordeste: “Nosso Nordeste é o cenário já preparado de um grande tipo de cinema, para a gente vender fora do País e aqui dentro também, para o povo brasileiro conhecer o Nordeste”, explicou. 

O cinema brasileiro produzido em todas as regiões do Brasil e as produções independentes foram citadas por Tadeu como mostra do vigor do povo brasileiro, do seu sentido criativo e da força dos nossos artistas. “Quando os artistas brasileiros se juntam ao apoio público, às políticas públicas, fazem com que o cinema brasileiro, hoje, seja premiado nos maiores e melhores festivais de cinema do mundo”, destacou.  Em alusão ao filme brasileiro premiado pelo júri no Festival de Cannes deste ano, Tadeu batizou carinhosamente o grupo de “Frente Bacurau”. “Será uma trincheira de luta e de grande ativismo em favor de um Brasil mais justo e melhor e com a cultura transbordante e exuberante como a brasileira.”

Audiência pública – No dia 4 de setembro último, por iniciativa da deputada Lídice da Mata, a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados promoveu audiência pública para debater os impactos das iniciativas do governo na produção cinematográfica e audiovisual brasileira. Na ocasião, cineastas, produtores, distribuidores, artistas e técnicos do setor audiovisual denunciaram a situação de “calamidade” a que, segundo eles, o setor está sujeito com as políticas desenvolvidas no governo Temer e aprofundadas no governo Bolsonaro. Eles pediram ajuda aos deputados da Comissão para buscar uma solução política para uma regulação legal que promova a continuidade da produção e distribuição do audiovisual para o público brasileiro. Reveja, aqui, a íntegra da audiência.

Leia também no Portal Câmara Notícias: Representantes do audiovisual pedem socorro ao Congresso para garantir a regulação do setor

Com informações do Portal da Liderança do PSB na Câmara

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